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Em 1969, o conflito de Biafra chocava o
mundo. País mais populoso da África,
a Nigéria era formada por 500 etnias,
com um norte feudal e islâmico e um sul
urbano, cristão ou animista. A tentativa
de separação dos sulistas, formando a
República de Biafra em 1967, pôs o país
em guerra civil que matou cerca de 3
milhões de pessoas. Mas, por um instante,
ambas as facções puderam concordar
com uma coisa: queriam ver o Santos do
Pelé (foto acima). O time do já aclamado
Rei do Futebol estava em turnê pelo
continente africano. Foram nove jogos,
inclusive na República Popular do Congo,
o primeiro país comunista da África. Após
empatar por 2 a 2 com a Seleção da
Nigéria, em Lagos, o Santos do Pelé foi
escoltado para o Benin, alvo de ataques
de guerrilha – e de uma grande comoção
global contra a violenta repressão do
governo sobre os biafrenses: artistas e
autoridades tentaram conter o conflito,
sem sucesso. Naquele dia, porém, o país
decretou feriado e ambas as facções
concordaram com um cessar-fogo (com
a cidade patrulhada por forças nigerianas)
(foto ao lado). Em 4 de fevereiro de 1969,
o Santos ganhou por 2 a 1 da Seleção do
Centro-Oeste da Nigéria.
A GUERRA QUE PELÉ PAROU
MEMÓRIA
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