116 Deus é Soberano
Senhor Deus não pode desejar aquilo que é mau. E o pecador,
em sua natureza pecaminosa, jamais poderia ter uma vontade
nos moldes desejados por Deus. Para tanto, precisa nascer de
novo” (J.Denham Smith). É precisamente isso que temos
sustentado ao longo deste capítulo — a vontade é regulada
pela natureza pecaminosa.
Entre os “decretos” do Concilio de Trento (1563),
declaradamente o padrão do papismo, achamos o seguinte
(nos cânones sobre a justificação): “Se alguém afirmar que o
livre-arbítrio do homem, movido e despertado por Deus, não
coopera, por meio do seu consentimento, com Deus, que o
move e desperta, de modo a dispor-se e preparar-se para
alcançar a justificação; se, além disto, alguém disser que a
vontade humana não pode recusar-se a obedecer, se assim ela
quiser, e que ela é inativa, meramente passiva; que tal pessoa
seja anátemal”
“Se alguém afirmar que desde a queda de Adão o
livre-arbítrio do homem foi perdido e extinto; ou que é algo
meramente nominal, um título sem realidade, uma ficção
introduzida por Satanás na igreja; que tal pessoa seja
anátemal”
Assim, aqueles que hoje insistem no livre-arbítrio do
homem natural crêem exatamente o que Roma ensina sobre a
questão!
Para que o pecador fosse salvo, três coisas se fizeram
indispensáveis: Deus Pai teve que determinar sua salvação,
Deus Filho teve de adquiri-la e Deus Espírito Santo teve de
aplicá-la. Deus faz mais do que simplesmente propor-nos a
salvação. Se Deus apenas nos convidasse, estaríamos todos
perdidos. Isso é ilustrado de maneira marcante no Antigo
Testamento. Lemos em Esdras 1.1-3: “No primeiro ano de
Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Sen h o r,
por boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro,
rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino,
como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da
Pérsia: O Senhor Déus dos céus me deu todos os reinos da