JornalValor--- Página 11 da edição"24/03/2020 1a CAD A" ---- Impressapor vdsilvaàs 23/03/2020@20:12:
Te rça-feira, 24demarçode (^2020) |Valor |A
Internacional
IMPACTOSDO
CORONAVÍRUS
DívidasoberanaLíbanoconfirmaeEquadorestudasuspenderpagamentos
Epidemia pressiona países
e aumenta risco de calotes
Marsílea Gombata
DeSãoPaulo
Países comalto déficit em conta
corrente começamaenfrentar cri-
se de balançode pagamentos, em
meioàcrise do coronavírus.On-
tem,o Líbanoanunciou que não
pagará parte da dívida externa, e o
Equador deu sinais de possível ca-
lote.Se apandemia persistir,eco-
nomistas alertam, aumenta orisco
decenáriosemelhanteparaoutros
emergentes. A Argentina, por
exemplo, vemindicando que a
prioridade do governo deixou de
ser arenegociação da dívida e pas-
souparaocombateàcovid-19.
Ontemo Congresso do Equador
pediuque o governosuspenda o
pagamentoda dívida para liberar
recursos paralidar coma epide-
mia do coronavírus.Anotícia au-
mentou a pressãosobre os bônus
soberanosdoEquador,quecaíram
paramínimas históricas. O país
tem de pagar US$ 320 milhões em
serviço da dívida hoje.Bancosde
investimento, comoo JP Morgan,
alertaramparariscodedefault.
O país pediu no ano passado so-
corro de US$ 4,2 bilhões do Fundo
MonetárioInternacional (FMI). Os
desembolsos, no entanto, vêm
sendoadiadosdevidoaonãocum-
primentodasmetasfiscais.
“A fortequedanospreçosdope-
tróleo enfraqueceu ainda maisa
posição fiscal do Equador, que ex-
porta a commodity e vem tendo
dificuldadeem reduzirgastos, co-
mo subsídios acombustíveis”, diz
Paola Figueroa, do Instituto Inter-
nacional de Finanças (IIF). “Até
agora, opaís havia recorridoao
mercadodecapitais eaoFMI. Mas
diante do colapsodas receitas pe-
troleiras e crescentescustos de
saúdeparaenfrentar ocoronaví-
rus, o governo está sob pressão pa-
rapriorizargastosdomésticos.”
O país conseguiu reduzir o défi-
cit emconta corrente de 1,4%do
PIB em 2018para0,9% em 2019,
segundo aconsultoria FocusEco-
nomics.Masodéficitfiscalaumen-
tou,de1,2%para1,6%noperíodo.
A dívidaexternado Equador
somaUS$ 52,3bilhões,equiva-
lentea48,6%deseuPIB.
Ontemo Líbanodecidiusus-
pender os pagamentosdo servi-
ço da dívidade todosos seus eu-
robônus.Em nota,oMinistério
das Finançaslibanêscitouacrise
financeira e acontínuaqueda
das reservasinternacionaispara
justificarocalote.
A decisão de parar os pagamen-
tos dos eurobônus —no valor esti-
madoem US$ 30 bilhões—ocorre
uma semana depois de ogoverno
libanês ter deixado de pagarUS$
1,2bilhõesemempréstimos.
A dívidaexterna do Líbano
chegaaUS$ 90 bilhões,o equiva-
lentea150% do PIB,sendoum
terçoem moedaestrangeira. As
reservas internacionaisdo país
somamUS$22bilhões.
No ano passado, odéficitem
contacorrentechegoua7,6% do
PIB,eodéficitfiscal,a11,4%.
“Ocoronavíruséumchoquepa-
ra o crescimentoglobal etambém
para o apetitedos investidores por
risco. Este último éimportante pa-
ra mercados emergentes, que pre-
cisam de financiamento externo
para administrar déficits em conta
corrente”,observa Sergi Lanau, vi-
ce-economista-chefedoIIF.
Lanau acrescenta que asituação
atualé um desafio paratodos os
emergentes, mas algunsestão sob
maispressão. Os preçosmais bai-
xosdopetróleopressionamexpor-
tadores,como Equador, Colômbia
eVenezuela,ebeneficiamcompra-
dores,comoÍndiaeTurquia.
Em relatóriorecente,oII F ob-
servaque os choquesdo corona-
víruse dos preçosdo petróleo
têmlevadoafugasdecapitaisex-
traordinariamente grandes.No
acumuladodesdejaneiro, obser-
va o instituto, a fugade capitais
de paísesemergenteséamaior
desdeacrisefinanceirade
De modo geral,apandemia
ameaça complicar asituação de
vários países endividados,com
provável problemaparaareestru-
turação de cerca de US$ 160 bi-
lhõesemtítulos soberanos.Os de-
safiossão grandes para detentores
de bônus soberanos da Venezuela,
da Argentina e do Líbano—consi-
derados hoje os três grandes mer-
cados emergentes que precisam
reestruturarassuasdívidas.
NocasodaArgentina,atérecen-
tementeaprioridadeera chegar a
um acordo com os credores omais
rápidopossível.Mas apandemia
mudouocenário —hoje parece
improvável que ogoverno consiga
cumpriroprazode um acordo
com credoresprivados, atéofim
de março, parareestruturarmais
deUS$100bilhõesdadívida.
Ofocoagorapareceocombate
àpandemia,queameaçamergu-
lharo paísem recessãoainda
maisprofunda.O PIB argentino
jáiriacairantesmesmodaepide-
mia,segundoeconomistas. Na
semanapassada, ogoverno
anuncioupacotede estímulo fis-
calde2%doPIB.
Analistasafirmamque a crise
podeaindaencorajaropresiden-
te AlbertoFernándeza pressio-
nar credoresaaceitarcondições
de pagamentomenosfavoráveis,
oque aumentaas chances de um
defaultdesordenado.
“Aschancesde um calote são
maiores doquenunca”,disseAle-
jo Costa,estrategista do BTGPac-
tual,aojornal“FinancialTimes”.
Costadiz que há algumas sema-
nas apossibilidade de defaultera
menor. Na sexta-feira, no entanto,
oministro de Economia,Martin
Guzmán, disse aos credores que a
incerteza econômicacausada pelo
coronavírus terá de ser levadaem
consideraçãonas negociações pa-
rareestruturaçãodadívida.
A Argentinaencerrouo ano
passado com déficit fiscalde
4,3%do PIB. Sua dívidaexterna
chegaaUS$283bilhões.
Hoje os países que correm
maiorriscode defaultsão aqueles
com déficit em conta corrente ele-
vadoseposição fiscal maisfrágil,
afirma Ernesto Revilla, do banco
Citi.Na América Latina, portanto,
têm mais chances de dar calote Ar-
gentina e Venezuela, cujodéficit
fiscalultrapassa20%doPIB.
Ele acrescenta, contudo, que ex-
portadores de petróleo comoMé-
xico,cujo déficit em conta corren-
te é baixo (0,2%), podem vir a ter
debilidade em sua conta corrente.
(Comagênciasinternacionais)
Nacionalismoameaça
serumefeito colateraldo
avanço docoronavírus
Análise
GideonRachman
FinancialTimes
O livro “Mundo semFronteiras”,
de Kenichi Ohmae, foi publicado
em 1990, um ano após aqueda do
Murode Berlim. Tornou-se um dos
textos clássicos da era da globali-
zação. Mas as fronteirasvoltam
agora com muito maisforça –im-
pulsionadaspelocoronavírus.
Quandoapandemiaacabar,as
barreirasmaisrigorosasparavia-
gens serãorevogadas.Mas é pou-
co provável que haja uma restau-
raçãocompleta do mundoglo-
balizadocomoexistiaantesda
covid-19.OEstado-nação está de
volta,alimentado por esta crise
extraordinária.
Existem três motivos principais
paraisso. Primeiro,apandemia
demonstrou que,em tempos de
emergência, as pessoasrecorrem
ao Estado-nação —que tem as for-
ças financeiras, organizacionais e
emocionais de que as instituições
mundiais carecem. Segundo, a
doençarevelou a fragilidadedas
cadeias de fornecimentoglobais. É
difícilacreditarquepaísesgrandes
e desenvolvidos continuarão a
aceitarumasituaçãoemquepreci-
samimportaramaioriadeseussu-
primentosmédicosvitais.
Por último, a pandemiarefor-
ça tendênciaspolíticas que já
eramfortesantesdoiníciodacri-
se —em particulara demanda
por maisprotecionismo, produ-
ção localizada econtroles de
fronteiramaisrígidos.
Na situação atual, fazsentido
endureceros controles de frontei-
ra por um tempo. E, se areversão
ao Estado-nação formantida den-
tro de limites,isso não precisa ser
ruim.Seriasimplesmenteotipode
correção do curso políticoque
ocorre nasdemocracias, em res-
posta a acontecimentos e a mu-
dançasdeânimodaopiniãopúbli-
ca. Mas operigo éque orenasci-
mento do Estado-naçãocaia no
nacionalismodescontroladoeleve
a quedas no comércio globaleao
abandonoquasetotalda coopera-
ção internacional. Os piores cená-
rios incluemo colapso da União
Europeia (UE) e umaruptura nas
relações entre EUA eChina, o que
poderiaculminaremumaguerra.
A reversão para oEstado-nação
tem sidoespecialmenteimpres-
sionante na Europa, porque se su-
põe que a UE seja a organização
que maisavançouna direção de
transcender a nação. Quandoa
premiê alemã, Angela Merkel, fez
um discursode emergência à na-
ção, ela não mencionoua UE nem
uma vez. Os controles de fronteira
que tinhampraticamente desapa-
recido—por exemplo, entre a
França eaAlemanha —foram res-
taurados de repente. A ajuda fi-
nanceira para empresas etraba-
lhadores desempregadosvem em
grande parte dos países europeus,
não da UE. Políticos de destaque
naPolônia,ItáliaeEspanhacritica-
ramaUEporfracassaremcumprir
suapromessadesolidariedade.
Considerandoostamanhosre-
lativos dos orçamentosda UE e
dos paíseseuropeus,é inevitável
que os governos assumam a
maiorparteda conta,enquanto
lutamparaevitarumadepres-
são. Nos próximos dias, a UE ten-
tará apresentar grandesmedidas
fiscaispan-europeias. Mas, à me-
dida que a crise se intensifica —e
os recursosfinanceirosemédi-
cos se tornamcadavez maises-
cassos—as pressõessobrea soli-
dariedadeeuropeiaaumentarão.
O antagonismo que apande-
mia abriu entre EUA e China são
maisvisíveis.AdecisãodeDonald
Trumpde rotular acovid-19 de
“vírus da China” é típica do estilo
políticodo presidente dos EUA,
de distribuir insultos etransferir
responsabilidades. Mas também
éuma reação aos esforços das au-
toridadeschinesas em sugerir
que ovírus pode ter se originado
nosEUA.BillBishop,umobserva-
dor experiente, comentou há
pouco tempo: “Não consigo pen-
sar emum momento maisperi-
goso do relacionamento
EUA-Chinanosúltimos40anos.”
A pandemia tambémfortalece,
dentro do governo Trump, a posi-
ção dosque defendemhámuito
tempoodesmantelamentodasca-
deias de fornecimento internacio-
nais e a repatriação da produção
para os EUA. Peter Navarro, opro-
tecionista maisardoroso da Casa
Branca, argumentaque ovírus de-
monstraque“emumaemergência
de saúde pública mundial, os EUA
estãosozinhos”.Sem dúvida é ver-
dadeque umasituaçãoem que
97% de todos os antibióticos nos
EUA sãoimportados da China
nuncamaispareceráaceitável.
Essasconsiderações vão muito
alémde medicamentos e da tensa
relação EUA-China. Há apenasal-
gumas semanasera possível para
um consultor do governo britâni-
co sugerir (no contexto do Brexit)
que não havia necessidade real de
oReino Unidoproduzir sua pró-
priacomida.Masagoraquenações
inteiras, assim comoindivíduos,
têm de praticaroautoisolamento,
ninguém podepresumir de forma
casual que os gênerosde primeira
necessidade possam ser sempre
importadosdoexterior.
Inicialmente,arejeiçãoesti-
muladapela pandemiacontraa
globalizaçãovirá de protecionis-
tas e linha-durana segurançana-
cional.Mas ela ganhará forçaà
medidaque se fundircom outras
correntespolíticasque conquis-
tavam espaçoantesde que qual-
querum tivesseouvidofalarda
covid-19.Na esquerda,o movi-
mentoambientalistajá estigma-
tizava as viagensaéreas e reivin-
dicavaqueolocaldeviarevertera
globalização. Na direita,o cla-
mor por murosparaimpedira
entradade refugiadoseimigran-
tesilegaiseracadavezmaior.
Mas, emboraos adversários da
globalização possam ter os ventos
políticos a seu favor na sequência
da pandemia, eles na verdade não
têm as melhores soluções. Pelo
contrário, uma pandemia é um
problemamundial por excelência,
que em última instância exigeal-
gumaformade governança inter-
nacional. Reviver aeconomia
mundial tambémserámuito mais
difícil se os paísesrumarem para a
autossuficiência.
Em nívelnacional,todomun-
do desaprovaos acumuladores
que pegamaté o últimorolo de
papelhigiênicoelitro de leite
das prateleirasdos supermerca-
dos. Mas o que acontece quando
paísesinteirosse comportamas-
sim? Podemos estar
prestesadescobrir.
G-20,FMIe BancoMundialprometemliquidez
AssisMoreira
DeGenebra
Os ministros de Finançase
banqueiroscentrais dos países
do G-20(grupoque reúne as
maioreseconomias do mundo)
concordaram em prepararuma
estratégiacomumparatirara
economiaglobal da criseprovo-
cada pela pandemiada covid-19,
durantereuniãovirtualontem.
Ogrupotambémdiscutiuapos-
sibilidade de oferecer linhas adi-
cionais de swapde moedas entre
todosseusmembrosnaocorrência
de uma crise global de liquidez. O
Valorapurou que otemafoi deba-
tidonareuniãovirtual.
GrandesBCsabriramlinhasbi-
laterais de swapde moedas com
países emergentes. OFederal Re-
serve (Fed, o BC dos EUA) fez um
swap de até US$ 60 bilhões com o
Brasil.OBCbrasileiropodeusaro
dinheiroparaoBCfornecerliqui-
dez em dólares aos bancos, em
operaçõescompromissadasouli-
nhasdeempréstimo.
Na reunião virtual de ontem,
Turquia,Argentinaealgunsoutros
países pedirampara que as linhas
de swapfossemestendidas atodos
os países do G-20. Eque não só o
Fed, mas também o Banco Central
Europeu(BCE),oBancodoPovoda
China (o BC chinês) e o Bancodo
Japãodeveriamfazeromesmo.
Conformefontes,isso é consi-
derado importante para garantir
os fluxosde capitaisepagamen-
tos entreos países,para que não
hajanenhumainterrupção que
possagerarriscossistêmicos.
Vários paísesfalaramda im-
portânciade medidascoordena-
das para estabilizaros mercados.
Mas isso não significaque será
umamedidado G-20,e sim que
cadapaís adotaráposições nessa
direçãopara manterao máximo
ofuncionamentodaeconomia.
Surgiram várias propostaspara
prover liquidez aos mercados, ga-
rantir recursos para a saúde e pro-
teção aos mais vulneráveis. Tam-
bém foramdiscutidos recursosex-
trasparavacinasetestes.
Na reunião, a diretora-gerente
doFundoMonetárioInternacional
(FMI), Kristalina Georgieva, apon-
touperspectivaspessimistasparaa
economiaglobal, comuma reces-
são este ano igual ou pior do que a
ocorridaduranteacrise financeira
de2008-09.Maselaesperaumare-
cuperaçãoapartirde2021.
OFMI apoiou medidasfiscais
extraordinárias adotadas por vá-
rios paísese ações de BCs que flexi-
bilizarama política monetária.
Masavalia que “será necessário
mais,emespecialnaáreafiscal”.
OFundocalculaque os investi-
doresjá tiraramUS$ 83 bilhões de
mercados emergentes desde o co-
meçoda crise, a maior saída de ca-
pital até hoje registrada. E se mos-
tra particularmentepreocupado
comavulnerabilidadedepaísesde
baixarenda,comenormesdívidas.
Quase 80 países já recorreram
ao FMI em situação de emergência
financeira.Eainstituição,anteci-
pando-se à cobrança de boa parte
dos países, disseque está pronta a
utilizartoda sua capacidadede fi-
nanciamentodeUS$1trilhão.
Na mesmalinha,o Banco Mun-
dialdisseter US$ 150 bilhões para
socorrer países em desenvolvi-
mentonospróximos15meses.
Oministrode Finanças da Fran-
ça, BrunoLe Maire, confirmouo
“impacto econômicoviolento”da
crise de saúde sobre o crescimento
mundial. E sugeriu queoFMIe o
Banco Mundial utilizem “muito
rapidamente” recursosparaaliviar
problemas de liquidez em emer-
gentesepaísespobres.
Oministrojaponêsde Finan-
ças, Taro Aso, insistiuque oG-
deve responderfirmementepara
atenuaro impactodo coronaví-
russobreaeconomia,eenfatizou
anecessidadedemedidasfiscais.
Para osecretário do Tesouro dos
EUA,Steven Mnuchin, “a boa notí-
cia éque há muitoentendimento
[dentro] do G-20com banqueiros
centraiseministrosdeFinançasde
que estamostodospreparados pa-
ra tomar ações para apoiar nossas
economias e coordená-las em ní-
vel global, conforme necessário”.
Para ele, “este éum esforço da
equipeparamataressevírusepro-
porcionaralívioeconômico”.
A Arábia Saudita,na presidên-
cia rotativa do G-20, disseque o
grupoconcordouem prepararum
planodeaçãoparaapoiaraecono-
mia durante eapós a crise provo-
cada pela pandemia. A reunião de
ontem foipara prepararuma cú-
pulavirtual doslíderes do G-20,
possivelmentenestasexta-feira.
Setor imobiliárioameçado
O bilionário americanoTo m Barrack
dissequeo setor imobiliárionos
EUA estáà beira deumcolapsopor
conta docoronavíruse queisso
podeterefeito dominónosistema
financeiro, seosbancose o governo
nãotomaremmedidasimediatas.
Barrack,presidentee CEO da
empresadeinvestimentosColony
Capital,afirmouontememartigoe
entrevistaà TVBloomberg queháo
riscodeumareaçãoemcadeiacom
inadimplênciadofinanciamento
imobiliário,despejos, falências
bancáriase a paralisaçãodeboa
partedaeconomia americana. “Para
manteraspessoasempregadas, é
precisoapoiarosempregadores”,
disseBarrack.“Amaiorpartedas
despesasdoempregadoré aluguel.
Quandoo comérciopara e elesnão
podem pagaraluguele nãopagam
jurosdadívida,entãoosbancosnão
podem pagarseusinvestidores,e
tudoentra emcolapso.” Barrack,de
72 anos,acrescentou queo impacto
à economiapoderiaseaproximardo
daGrandeDepressão, afetando
todos—de proprietáriosdeimóveis
BLO e incorporadorasa donosdehotéis.
OM
BE
RG
Curtas
Pacote da Alemanha
AAlemanhaanunciouontem
umpacotede€750bilhõespara
combateroimpactoeconômico
docoronavírus.Asmedidasapro-
vadassuspendemtemporaria-
menteochamado“tetodadívida”,
previstonaConstituição,paraque
ogovernodapremiêAngelaMer-
kelsejaautorizadoacaptar
€156bilhõesparacomplementar
oorçamentopúblico.Alémdisso,
ogovernoalemãoreativaráum
fundodeestabilizaçãodeempre-
sascriadoduranteacrisede2008.
Serão€600bilhõesparaemprésti-
mosàscompanhias.Segundoo
ministrodaEconomia,PeterAlt-
maier,aeconomiaalemãdeverá
tercontraçãode5%nesteano.
Medidas contra covid-1 9
GovernosdaÍndia,ArábiaSau-
ditaeJordâniadecidiramontem
restringiraindamaisacirculação
dapopulaçãoeanunciaramtoque
derecolherparaconteradissemi-
naçãodacovid-19.NaÍndia,desde
ontem,todoovarejonãoessencial
estáfechadoeosvoosdomésticos,
suspensos.Otoquederecolherfoi
decretadopelopremiêNarendra
Modi,quereclamoudafaltade
cumprimentodaquarentena.Na
ArábiaSaudita,apopulaçãoterá
deficaremcasade19hàs6hpelos
próximos20dias.Profissionaisde
saúdeemédicossãoexceções.Na
Jordânia,ogovernoanunciouque
estenderiaotoquederecolherpor
tempoindeterminado.
Canal Unico PDF - O Jornaleiro