e é verdade, estou bem, na primeira noite que passamos juntos ele tão aflito, tão
tímido, a pensar
- E agora?
a pensar - O que é que eu faço agora?
a pensar - Como é que eu faço agora?
de forma que tive de ensinar-lhe o que eu não sabia na esperança que o meu corpo
talvez soubesse e realmente devagarinho o meu corpo uma concha, realmente
devagarinho o meu corpo a chamá-lo, a recebê-lo, a libertá-lo do seu medo tornando-o
o meu medo, a libertá-lo do receio de falhar tornando-o a minha derrota, o meu marido - Querida
não como um homem, como uma criança a chamar por socorro - Querida
apavorado de se afogar em mim - Querida
e eu, não ele, a segredar-lhe - Amor
eu tão longe, eu igual à minha filha atirando pedaços de tijolo a uma lagartixa sem
lhe acertar nunca.