— E estávamos todos comemorando as nossas aceitações...
— Brad não pareceu se importar com o fato de que minha aceitação em
Harvard na certa será cancelada. Mas, de qualquer jeito, alguém precisa
conversar com ele, que está bem confuso.
— Estou indo.
— Ele saiu.
— Aonde foi?
— Não faço a mínima ideia. Pegou a mochila e caiu fora.
— Vou ligar para o celular dele — Becca disse. — E se Brad não quiser
conversar comigo, vou pedir para Gail ligar.
— Me avise.
GAIL E BECCA SE SENTARAM EM UM LADO DA MESA, E JACK NO
OUTRO. Hambúrgueres e refrigerantes cobriam o tampo. Era uma reunião de
estratégia sobre como ajudar seu amigo, que, eles tinham certeza, sentia que o
mundo desabava sobre sua cabeça.
— Acho que devemos ir ao apartamento de vocês e esperar por ele — Gail
sugeriu. — Brad tem de voltar para casa alguma hora. Meia-noite, duas da
manhã, não importa. Vamos ficar acordados e esperar por ele.
— Brad não vai gostar da tocaia. Ele tem falado com você ultimamente, Gail?
— Jack perguntou.
— Sim.
— Não filtra suas ligações como faz com Becca e comigo?
Gail sorriu.
— Ele não está zangado comigo. Até hoje, toda vez que liguei para Brad, ele
atendeu. Ele tem estado um pouco distante nos últimos tempos, e creio que tem a
ver com... Vocês sabem, não? Mas neste momento sei que é porque ele estava
suportando o peso sem falar com ninguém. — Gail tomou um gole de seu
refrigerante. — Achei que ele tivesse um contato na Universidade da
Pensilvânia, por meio de seu pai ou de outra pessoa.
— Lembro-me de ele dizer algo assim. — Jack balançou a cabeça. — Pelo
visto, não funcionou.
— Tente entrar em contato com ele de novo — Becca pediu.
— Mandei três mensagens na última hora. Brad sabe que o estou procurando.
— Certo — Becca disse. — Então, vamos esperar no apartamento. E depois?
— Depois vamos pôr todas as cartas na mesa. — Gail ergueu as mãos.
— Isso é muito absurdo. Há alguns meses, éramos todos bons amigos. Agora,
ninguém fala um com o outro.
— Nem tudo é nossa culpa. — Becca franziu a testa.