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Kelsey Castle
Greensboro, Carolina do Norte
28 de abril de 2012
Dois meses depois da morte de Becca
ELE CHEGOU AO AEROPORTO INTERNACIONAL DE RALEIGH —
Durham às dezesseis e dezoito. Ela pousara dezenove minutos antes — o timing
era perfeito. Ele pegou a faixa de rolamento para o terminal de desembarque da
United e, pouco depois, a viu parada na beira da calçada com a mala ao lado.
Peter baixou a janela do lado do passageiro quando estacionou ao meio-fio.
— Bem-vinda à Carolina do Norte — ele cumprimentou.
Kelsey sorriu.
— Caramba, acabei de desembarcar!
— Temos uma boa sinergia. O que você quer que eu diga? — Ele deu de
ombros.
Peter desembarcou, contornou o carro e a engolfou num grande abraço. Em
seguida, inclinou-se e beijou o rosto dela. Atabalhoada, Kelsey se virou no meio
do gesto, e os narizes deles se tocaram. Rapidamente, ela o beijou na boca.
— Oi, Peter. Obrigada por me pegar.
— Estou contente com sua vinda.
— Eu também. Certeza de que você não se importa com a viagem de carro?
— De modo algum. Gostei do fato de você me incluir.
— Não podia ter escrito o artigo sem você. Imaginei que o incluiria nessa
aventura final. Além disso, não sei o que vai resultar disso. Assim, talvez precise
de alguma força.
Peter pôs a bagagem dela no porta-malas.
— Importa-se se eu dirigir? — Kelsey perguntou.
— Acho que não.
Kelsey mostrou a pasta que segurava.
— Não quero que você espere até ser publicado. Toda a história está aqui.
Creio que poderá lê-la no caminho.
Peter pegou a pasta.