Valor Econômico (2020-04-07)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 6 da edição"07/04/20201a CADC" ---- Impressa por GAvenia às 06/04/2020@19:58:07


C6| Valor|Te rça-feira, 7 deabrilde 2020

.com
Confira a reportagem
completanosite
http://www.valorinveste.com

Recuperandoo equilíbrio dos mercados


O


srecentesanúncios
depolítica
monetáriados
bancoscentrais
ampliandoas
comprascomautilização
dassuasreservaseanúncios
degovernossobrepacotes
importantesdeestímulo
fiscalpermitiramaos
mercadosfinanceiros

começaraencontrarbases
paraestabilidadeapós
quedasvertiginosas.
Emborasejaquasecertoque
veremosnovosepisódiosde
volatilidade—àmedidaquea
pandemiadonovocoronavírus
continuaemandamentoem
muitospaíses—,investidores
estãoanalisandoquaisações
deverãosertomadasquandoos
mercadosseestabilizarem.
Umadessasações,
especialmenteparainvestidores
institucionais,comhorizontesde
longoprazo,éoreequilíbriodas
suascarteirasemrelaçãoàssuas
referênciasestratégicasde
exposiçãoporclassedeativo.Por
exemplo,umfundodepensão
nosEUAnormalmentepossui
umacarteiradereferênciacom
60%deativosdestinadosa
exposiçõesderendavariáveleos
40%restantesarendafixa.
Emcondiçõesnormais,como
oretornoderendavariávelede

rendafixadiferememum
determinadoperíodo,é
necessáriorealizarum
reequilíbriodacarteiraaofinal
desseperíodo.Issosignifica
venderoquetevemaior
rendimentoecompraroque
rendeumenos.Olhandooanode
2019,issosignificariavender
açõesecomprartítulosderenda
fixa.Nocasode2018,os
movimentosteriamsido
inversos.Essaregragarante,
basicamente,que“vendamos
caroecompremosbarato”, oque
forçacertadisciplinaaose
permanecerancoradoaoperfil
derisco/retornodeterminado
comoomaisadequadoparao
investidor(nessecaso,60/40).
Em2020,ecomoresultadodo
profundoajustefinanceiro
decorrentedacrisedo
coronavírus,esseportfóliode
60%deaçõese40%derendafixa
jáestariamaispróximode
50%/50%,ouseja,apresentando

desviomuitomaiordoqueo
observadoemcondições
normaisdemercado.Essa
brechaemrelaçãoàreferência
estratégicaéaindamaiordo
queaobservadadurantea
grandecrisefinanceirade2008.
Namedidaemqueos
investidoresidentifiquemsinais
maisclarosdequeestamos
emumasituaçãodemaior
estabilidade,realizarãoseus
movimentosdereequilíbrio,
istoé,comprandoaçõese
vendendotítulosderendafixa.
Parasermosmaisclaros,nossa
percepçãoédequemuitos
investidoresnãoacreditamque
ascondiçõesjustifiquemo
aumentodasaçõesemrelaçãoà
suacarteiradereferência.Porém,
aobrigaçãodenãoperpetuara
diferençaentresuasposições
efetivaseaquelasqueeles
definemcomoseusobjetivosde
longoprazo,tantoemretorno
comoemriscosassociados,

geraráfluxosquepodemacelerar
osmovimentosnospreços.
Nãoéfácilidentificarcom
precisãoossinaisquepodem
levarumnúmerosignificativo
deinvestidores(especialmente
aquelescomperfilinstitucional,
comobjetivosdelongoprazo,
sempressõessignificativasde
liquidezdecurtoprazo)a
iniciarseusprocessosde
reequilíbrio.Entretanto,é
razoávelquesejamcumpridas,
nomínimo,astrêscondições
apresentadasaseguir:
1) maiorevidênciade que a
pandemiaglobalestá
chegandoa uma fase de
contenção, a exemplodo que
já ocorrenos paísesasiáticos
(principalmentea China);
2)anúnciose
implementaçãodeações
contundentesdepolítica
econômica,tantodebancos
centraisquantodegovernos;e
3)resoluçãodeproblemasnos

mercadosfinanceiros,
decorrentesdafaltade
liquidezprovocadapelafuga
deativos,desdeativosde
riscoaativosderefúgio.
Nosúltimosdias,vimos
avançosemalgumasdessas
condições—principalmentea
condição2)egradualmentea
3).Aindasefaznecessária
maiorevidênciadequeháuma
evoluçãopositivaem1)para
quepossamospassaraum
círculovirtuosonosmercados:
odarecuperaçãodoequilíbrio.

Axel Christensené diretordeestratégia
deinvestimentosdaBlackRockpara
AméricaLatina
E-mail:[email protected]

Esteartigoreflete asopiniõesdoautor, e
nãodojornalValorEconômico.O jornalnão
seresponsabilizae nempodeser
responsabilizadopelasinformaçõesacima
ouporprejuízosdequalquernatureza em
decorrência dousodestasinformações.

IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


Palavra dogestor


Axel Christensen


Verdeprivilegia açõesnos


EUAe vê liquidezcomo


fontepotentedereação


AdrianaCotias
DeSãoPaulo

Sob aavaliação de queomer-
cadojá colocounos preçosuma
quedabrutalnalucratividadedas
empresas,omultimercadoVerde,
de Luis Stuhlberger, justifica na
sua última carta as razões para
que agrande posiçãodo fundo
hoje esteja em ações nosEstados
UnidosviaS&P500eNasdaq.
Otime de gestãovê valornas
grandes empresas de tecnologia
americanas, que tendema ser as
principaisbeneficiárias das mu-
danças de hábito estruturais cata-
lisadas pelas políticas de isola-
mentosocial diante da pandemia
decovid-19,comaexplosãodade-
manda por computaçãona nu-
vem.Avalia ainda que o juro zero
no mundo desenvolvidoveio para
ficar, o que deixa comoalternati-
vas de investimentorelevantes os
mercadosacionáriosedecrédito.
Para os gestores,a enormein-
jeçãode liquidezjá realizadaen-
seja uma retomadade preçosde
ativosbastantepotente.“Confor-
me os horizontesde investimen-
to foremse alongando, os preços
dessesativosvão voltar,mais rá-
pidodoquemuitosimaginam.”
Comum longohistóricoposi-
tivo (maisde 15.300%desdeque
foi criadoem 1997,ante 2.184%
do CDI),omultimercado fechou
março com desvalorização de
11,46%, comoacumuladodo
ano negativoem 14,15%.As per-
das forampuxadaspelasposi-
ções em açõesno Brasil,com um
recuomenordaparcelaglobal.
Ofundoteveperdassignificati-
vascomaçõesbrasileiras.AVerde
nãomencionaseaindamantéma
fatia aplicada em bolsa local, que
chegavaa20%doportfólio.
As posiçõesem juro real tam-
bém não tiverambomdesempe-
nho,mas foram parcialmente
compensadaspor estratégiasde

hedgeem prefixados.Já as posi-
çõesem moedastrouxeram pe-
quenosganhosno mês.
ConformeescreveaVerde,o
primeiro trimestrefoi opior da
históriados mercadosglobais,e
março, “o mês que parecianão
terfim”.Comoocenáriotemmu-
dado em velocidade brutal,a
gestoradecidiuampliaroescopo
da análisesobreacrise desenca-
deadapelacovid-19emcartasre-
centes.Exploracommaiorpro-
fundidade a questãoda quaren-
tena seletiva,perspectivasde no-
vostestesetratamentos.
Emmeioaodebateentresalvar
vidas e a economia,que caminha
paraserimprodutivo,adiscussão
quevaleapenaésobrequaispolí-
ticas conseguem evitarocolapso
econômicosem trazer aumento
no númerototal de mortos. “Pa-
rece-nosque opontocrucial éo
teste em indivíduos assintomáti-
cos eodiagnóstico servindo de
informação para a decisão sobre
quem deve ficar em quarentena
total, ou seletiva.”Como a imple-
mentação de testes difícil, pela
falta de capacidade, as sugestões
incluem, porexemplo, priorizar
setores em que ohome officenão
épossíveleaqueles de maiorim-
pactoparaaeconomia.
Juntandoa quarentenaseleti-
va, inovaçõesmédicasnas áreas
de diagnóstico,tratamento e
profilaxia,com a dinâmicada
evoluçãodiáriada transmissão
da covid-19,o timeda Verde es-
creveque as políticasmonetária
e fiscal,comoresposta, conse-
guemmitigaros efeitosdo cho-
que,masque é necessáriovis-
lumbrarofimdeleseoqueacon-
tecerá quando adinâmica de
evoluçãodo número de casos
diáriosfizer seu pico.Esse será o
sinalverdeparaque as medidas
dedistanciamentosocialpossam
começaraserrevertidas.Oponto
focaldosmercadosseráosEUA.

Gestor aproveitaqueda emfundoimobiliáriopara comprar


SérgioTa uhata
DeSãoPaulo

As gestorasespecializadasem
fundosimobiliáriostêmaprovei-
tadoaforte quedadas cotasno
mercadosecundário paracom-
prar ativos.Sóciosde váriasinsti-
tuições afirmaram, em debate
pela internet promovido pelo
BTG Pactual,haver oportunida-
des de aquisiçãodiantedo pâni-
co que tomoucontados investi-
doresdevidoaocoronavírus.
Segundoosócioresponsávelpe-
la área de real estatedo BTG,Mi-
chel Wurman, “entre os dias 11 e
13 de março houve, basicamente,
saída de investidores estrangeiros
do mercado de fundos imobiliá-
rios”.Paraoexecutivo,“embora[os
não residentes] tenham pouca

participação [nessemercado], em
torno de 3% ou 4%, mandaramli-
quidar tudo, eisso precipitou um
movimentomaisfortedevenda”.
Conformeo sóciodo BTG, “on-
de tem disponibilidadedecaixa
nos nossosfundosestamosusan-
do”. Wurmanexplicaque, apesar
dasincertezassobreaduraçãoda
crise,“algunsfundostêm preços
de barganhae avaliamos 23 FIIs
que consideramosinteressantee
comordemabertaotempointei-
roparacomprá-los”.
O CEO da RBR, RicardoAlmen-
dra, tambémenxergaum mo-
mento de oportunidades para
quemtem horizontede longo
prazo. “A estratégiaagoraéga-
nho de capital,mais do que ren-
dimentos”,diz. Para ogestor,“há
fundos de tijolo negociando

maisbaratoque ocusto de repo-
sição[custopara se construir um
imóveldo zero],que éuma mé-
tricamaisimportantedo que o
valor patrimonial em si”. De
acordocomAlmendra, “já con-
sumimos40% do orçamentoque
temosnos nossos fundose a gen-
tevemcomprandoaospoucos”.
O sócioda RBR explica que “em
dezembroachávamosomercado
um poucoeufóricoeprojetamos
retorno médio de 10% ao ano para
os melhores fundos de tijolo du-
rante três a cinco anos, somando
ganhodecapitaledividendos”.No
momento, segundo Almendra,
“esse número está maispara20%
ao ano nos próximostrês anos”.
Apesarde enxergar barganhas, o
especialistaexplicaqueaquedana
liquidez não permite fazergran-

des movimentos. “Temos R$ 200
milhõesem caixaemdiferentes
fundos,masestádifícilimplemen-
tar [as compras]no exatomomen-
to,porquealiquidezsecou.”
Para o sócioda Hedge Invest-
ments,AndréFreitas, “o período
de 19 a20 de março foioápice do
problema no mercadodeFIIs”.
Agora,na visão do especialista, “o
mercadocomeçaase reconstruir e
é quando é possível tentar captu-
rar oportunidades”. Conformeo
gestor, a última janela para se
comprar ativos abaixo do custode
reposição ocorreu na recessãoen-
tre 2014e 2016. “Hojeaoportuni-
dade está igual. Travou o mercado
primárioe aoportunidade estáno
secundário,com até 35% de des-
conto [no valorde mercado] em
relaçãoaopatrimonial.”

InvestimentosFundoscom maisrendavariável tiverambaixade até 20%


Previdência deve demorar até


18 meses para retomar ritmo


Rafael Gregorio
DeSãoPaulo

Os fundosde previdência pri-
vadaquase triplicaram a pro-
porção de ativos de risco em
suascarteirasnos últimostrês
anos,antesda atualcrisedo co-
ronavírus.Agora,apósas turbu-
lências recentes, o processode
diversificaçãodas carteirasdeve
demorar até 18 mesespara recu-
peraro ritmovistoaté o início
deste ano, segundo especialistas.
Nos extratosdos fundosde pre-
vidência privadaa crisechegou
amostrarperdas da ordemde
20%,dependendoda parcelade
rendavariável nas aplicações.
Adiversificação vistaaté re-
centementenãofoi suficiente
para diminuirapreponderância
da rendafixa no segmento,mas
fez afatia agressivanas aplica-
ções das entidadesde previdên-
cia complementarabertasubir
de cercade 10% em 2016para
cerca de 33% em 2019. Aconta
incluios PGBLeVGBL e excluios
fundos corporativose os de pen-
são,que têm contribuiçõesde
patrocinadores e são exclusivos
parafuncionários de empresas
ou para associações.
Poroutrolado,ocrescimentona
aposta em rendavariável épropor-
cional ao medo causado pelasque-
das nas bolsasapósa pandemia.
Masespecialistas e gestores do-
bramaaposta.Para eles,de tão
agudo e inesperado, o episódio da
covid-19tem função didática, e
umamaioralocaçãoem riscopor
parte de fundosde previdência é
umcaminhosemvolta.
Emboraademandapor acal-
mar investidores em meio às
quedas causadaspela pandemia
seja global,ela podeser maior

no caso brasileiro dadoo alto ín-
dicede ingressantesna bolsa,
explica o consultor José Ray-
mundode Faria Júnior, da Plane-
jar. “Estamoshojecomquase 2
milhõesde CPFs na B3. Eram 600
mil em 2016.Em contapor alto,
doisterçosdos investidores na
bolsa podemser novatos que
nuncatinhamvistoalgoassim.
Comovão reagirna previdên-
cia?”, ele questiona.
Por isso, a tarefa de gestores tem
sido realçar trunfos para tornar o
risco maispalatável na aposenta-
doria, comoousode robôs e a
combinação de metascruzadas.
Temsido assimcomRodrigo Terni,
sócio fundador da gestora Giant
Steps. “Nosso produtoconjuga es-
tratégiasdistintas. Umaganha em
temposracionais,queéadofundo
Sigma. Eaoutra lucraem momen-
tos irracionais, que é a do Zara-
thustra. Ele está dando4,5% neste
ano. Já o Sigma está caindo 4%, o
que faz sentido, pois não vivemos
ummomentoracional”.
MarceloMello,vice-presidente
de Vida,Previdênciae Investi-
mentosda SulAmérica,afirma
que não houveretiradassignifi-
cativasnaempresa.“Osprodutos
foramimpactados, mas estamos
perto dos clientes,explicando
que um resgatepode,aí sim, rea-
lizar uma perda.”Por outro lado,
diz, as novascontrataçõesdevem
desacelerar:“Quemestava para
entrartendeaesperarmais”.
Sobreo cenário pós-pande-
mia,nomédioprazo,conformea
curvade crescimento do corona-
vírussofrainflexão, Melloantevê
umarevisãode perfis:“A gente
vai ver algunsclientesque entra-
ram em produtos agressivos,no
afãdecompensaraquedadosju-
ros,masqueterãopercebidoque
nãotêmestômagoparaisso”.
No longoprazo, entre15 e 18
meses, a visãodo executivo é de
retomada dos aportesem fundos
agressivos.E, do pontode vista

da gestão, ele tambémacredita
que umacadavez maioraloca-
ção em riscopelaprevidência
privadasejacaminhosemvolta.
“Emum primeiromomento,
vejoosgestoresdiminuindorisco
e fazendo caixa, esperando para
voltar ao jogo. Mas mesmo com
crescimento do PIB menor ou ne-
gativo, tem muitoprêmio por aí.
Seporumladooprofissionalestá
machucado pelas últimas sema-
nas, por outro a oportunidade
queseabreégrande”, diz.
Alémde reforçarque é preci-
so evitarliquidaçõesou portabi-
lidades“com ofígado”, João Mo-
rais, líderda área de wealth(que
englobaprevidência einvesti-
mentos)da MercerBrasil,lem-
bra que quemperdeagoraga-
nhoumuitonos últimosanos.
“Nãopodemosesquecerque nos
anosde 2018e 2019o Ibovespa
subiu51%.Em 36 meses, subiu
92%. Quemesteveem perfiscon-
servadores deixoude capturar
esseganho.Agora,uma parte
dissofoi subtraída, mas é de se
esperarque aequaçãorisco-re-
tornovolteà normalidade.”
JorgeRicca,diretorfinanceiro
da Brasilprev, também antevê
umcongelamentoe,depois,uma
retomada: “Em crisesanteriores,
comoa do subprimedos EUA,
em 2008, se injetava recursospa-
rasalvarinstituiçõeseseestanca-
va. Agora,não é uma crise essen-
cialmente financeira.No curto
prazo, o debatedo riscodevefi-
caremsegundoplano”.
Mas o conceito podevoltar à
mesanosegundosemestre,elediz.
“Acredito que amedicina vaires-
pondere a vidavai voltar ao nor-
mal: trabalhar,consumir, almoçar
fora, pegartransporte, viajar. A re-
cuperaçãotendeaserrápida.”
A discussãosobreos planos
de aposentadoria privadaficou
maisrelevanteapósareforma
da Previdência.Cresceua cons-
ciência sobreanecessidadede

complementara aposentadoria
pública—já são cercade 13 mi-
lhõesde CPFscom R$ 1,9 trilhão
investidosem produtosafins.
A principal razão de os PGBL e
VGBLterempassadoaaplicarmais
em ativos de rendavariável foi a
mesmaque motivou umamaior
tomadaderisconosinvestimentos
em geral:aredução na taxa básica
de juros,de 14,25% em 2016para
os atuais 3,75%. Comisso, apou-
pança eoutras modalidades de
rendafixa passaram a render mui-
to menos, explica Terni, da Giant
Steps. “Na previdência privada, vi-
mos migração massiva para ativos
de maiorrisco, umareadequação
ao encontroda necessidade de re-
tornolánafrente”, elecomenta.
O ambiente econômico —infla-
çãobaixa,déficitfiscalemredução
—tambémpuxoumaisapostasem
multimercados ou ações,seja na
migraçãode carteirasem fundos
que já existiamou na criação de
produtos com perfil maisagressi-
vo,dizMello,daSulAmérica.
Ele identifica um “ciclo virtuo-
so” para além da queda da Selic:
“O regulador ajudou,permitindo
alocaçãoem ETFs, ampliando os
limitesdeexposiçãoecriandoafi-
gura do proponente qualificado”.
Melloressaltaoutroaspecto, mer-
cadológico: aproliferação das
plataformas digitais, diz, facilitou
acontratação,atualizouprodutos
e engajou novos clientes mais
propensosacorrerriscos.
Ricca,da Brasilprev, quantifica
essa evolução:segundoele, no
fimde2017,aalocaçãoemrenda
variável pelosfundosabertosfi-
cava em cercade 10%. “Essapro-
porçãofoi para13% em 2018e
para20% em 2019.Eoque vía-
mos no iníciode 2020eramnú-
merosaindamelhores”,diz.

Morais,daMercer:evitarliquidaçõesouportabilidades“como fígado”

SILVIAZAMBONI/VALOR

CANAL UNICO PDF - ACESSE: T.ME/JORNAISEREVISTAS
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