matias

(Zelinux#) #1

discorrermos sutilmente, do que o discorrermos com
acêrto, e ainda fazemos vaidade de voltar de tal sorte as
coisas, que fiquem parecendo, o que claramente se sabe,
que não são. O engano vestido de eloquência, e arte, atrai,
e a verdade mal polida nunca persuade. Fazemos vaidade
de errar com sutileza, e temos pejo de acertar
rùsticamente.


Todos fazem vaidade de ter malícias; nem há (16) quem
diga, que a não tem, antes é defeito, que reconhecemos com
gôsto, e confessamos sem repugnância: a razão é; porque a
malícia consiste em penetração, por isso não nos defendemos de
um defeito, que indica o têrmos entendimento. A vaidade faz, que
não há coisa, que não sacrifiquemos ao desejo
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