REVISTA VOX - 7ª Edição

(VOX) #1

rofessor e pesqui-
sador na FAI – Fa-
culdades Adaman-
tinenses Integradas,
desde 1998, o Prof.
Dr. Orlando Antunes
Batista é uma sin-
gular imagem dentro dos perfis dos
educadores inseridos na História da
Educação Brasileira.
Primeiramente, destaca-se sua
contribuição interessada na cultura bra-
sileira, ocupando cadeira na Academia
Sul-Mato-Grossense de Letras, com o
número 12, e tendo por patrono Mare-
chal Cândido Mariano da Silva Rondon.
Por outro lado, aparece ele diluído no
cotidiano da vida universitária, sendo
agora professor e pesquisador na FAI.
Todavia, a reportagem encontrou
neste “professor”, e ele contesta o
rótulo de professor para as ações no
Magistério, pois sem a projeção de
rótulo de “cientista” jamais os deveres
do educador estarão bem cumpridos,
conforme manda o juramento feito no
fim da graduação universitária.
Talvez, com esta distinção de ordem
técnica, seja possível ver na Coleção
Paulo Freire apenas a modelagem do
conceito de experimento dentro da


P


Doutor em letras pela USP, Orlando Antunes Batista vivencia o
patrono da educação brasileira Paulo Freire, e apresenta um dos
mais modernos métodos de aprendizagem.

POR REDAÇÃO === === FOTOGRAFIA ACÁCIO ROCHA

A educação para uma independência intelectu-
al e pessoal – isso soa como se fosse um objetivo
universalmente reconhecido. Na realidade, trata-se
aqui de um programa por demais subversivo, que
encerra a violação de alguns dos mais sólidos
tabus democráticos. Pois a cultura democrática
dominante promove a heteronímia sob a más-
cara da autonomia e impede o desenvolvimento
das necessidades fingindo promovê-las e limita
o pensamento e a experiência sob o pretexto de
ampliá-la ao infinito. A maioria dos homens usufrui
de um considerável espaço para comprar e vender,
para procurar e escolher um trabalho; eles podem
expressar sua opinião e mover-se livremente –
mas suas opiniões jamais transcendem o sistema
social estabelecido, que determina suas neces-
sidades, escolhas e opiniões. A liberdade mesma
opera como veículo de adaptação e limitação. Es-
sas tendências repressivas (e regressivas)acompa-
nham a transformação da sociedade industrial em
sociedade tecnológica sob a administração total
dos homens, e as alterações simultâneas no modo
de trabalho, na mentalidade e na função política do
“povo” prejudicam severamente os fundamentos
da democracia. Herbert Marcuse – Comentários
para uma redefinição de cultura, 1965.

Saberes políticos e
filosóficos num projeto de
habilitação de docentes
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