Aero Magazine - Edição 311 (2020-04)

(Antfer) #1
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umaplêiadedecontaminados,que,
porsuavez,teriampassadoo pató-
genoadiantee assimsucessivamente
emumavelocidadeimpensávelaté
o iníciodoséculo20.
Existeumnúmeroderepro-
duçãobásico,chamadoR0.A
partirdaí,calcula-separaquantas
pessoasemmédiaumapessoa
conseguetransmitiro vírus.O
SARS-CoV-2temumfatoresti-
madoentre2,2e 3,3,ouseja,cada

OODDEA
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FIBRA

Folhacontínua
de elemento filtro


Elente

t cptç

Difusão

Separadores
delumínio
CRÉDITO:Wikipedia

infectado passa para duas ou três
pessoas. É relativamente alto, por
isso é facilmente transmitido entre
multidões. A título de compara-
ção, o sarampo tem R0 de 15, ou
seja, é altamente contagioso. Em
média, a gripe comum tem 1,7.
Na prática, o SARS-CoV-2 se
mostrou um vírus bastante con-
tagioso, sobretudo porque é novo
e as pessoas não têm imunidade
a ele. Considerando seu período
relativamente longo de incubação,
somente o isolamento de pessoas
pode parar a disseminação da
doença. Essa medida se revelou
importante porque muitos dos
infectados pelo novo coronavírus
têm sintomas pouco perceptíveis
ou mesmo nenhum sintoma em-
bora transmitam o vírus.

AEROPORTOS
A H1N1 era perigosa, de alta leta-
lidade, matava mulheres gestantes
e bebês, mas conseguiu ser estan-
cada porque a febre era um sinto-
ma quase sempre presente. Todos
os aeroportos, assim como demais
locais de aglomeração, passaram a
ter um termômetro e os pacientes
febris eram sumariamente afasta-
dos do convívio social. Na época,
entidades como ICAO e IATA se
mobilizaram ditando normas de
segurança que foram implanta-

das e a pandemia foi controlada,
embora o vírus circule até hoje
entre nós. Com as medidas de
monitoramento implantadas, a ati-
vidade aérea voltou à normalidade
rapidamente em um curto período
de poucos meses.
Já o portador do SARS-CoV-2,
sem essa característica marcan-
te da febre, é mais difícil de ser
localizado em meio à multidão.
Apenas com testagem maciça as
autoridades poderiam localizar os
portadores e afastá-los do convívio
social. Uma vez que não podem
ser detectadas, ao entrar em um
avião, pessoas infectadas inevita-
velmente expõem outros passagei-
ros ao risco de contágio.
A transmissão da covid-19 é
feita por gotículas carregadas de
vírus que saem de boca e nariz
em tosses ou espirros. Assim, é
possível imaginar que em um am-
biente fechado como um avião, se
um passageiro da última poltrona
espirrar, seremos todos inapelavel-
mente contaminados. Felizmente,
não é bem assim que acontece.

FILTRO A BORDO
Segundo a OMS, é muito baixa
a chance de qualquer doença ser
transmitida durante um voo. Isso
porque, na maioria das aeronaves
comerciais de grande porte, o

Como funciona o filtro HEPA

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