Valor Econômico (2020-06-20, 21 e 22)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 2 da edição"22/06/20201a CADB" ---- Impressa por LGerardi às 21/06/2020@17:16:


B2|Valor| Sábado,domingoe segunda-feira, 20, 21 e 22 de junhode 2020

Empresas|Carreira


Por que estamos aprendendo se somos mesmo da equipe A


Bandaexecutiva


Pilita Clark


E


mquedegrauvocêse
encontrana
hierarquiaemseu
trabalho?Vocêtem
presençagarantida
nocírculoíntimodochefe?
Seráquevocêestánalinha
sucessóriadele?Ouvocêfaz
partedanumerosaturmado
meio,trabalhandofirmee
mostrandoresultados,mas
basicamentenaequipeB?
Emtemposcomuns,éfácil

fingirquenãosabemosounão
ligamosparaessetipode
assunto.Masacovid-19está
expondoashierarquiasno
trabalhocomumabrutalidade
difícildeignorar.
Aprimeiravezquenoteiisso
foiemmarço,quandoalgumas
empresascomeçaramadividir
seusfuncionáriosemduas
equipesfazendoturnosemcasae
noescritório.Umaamigadisse
queseumarido,quepensava
estarnalinhasucessóriado
chefe,ficoudesconcertadoao
saberquehaviasidoincluídona
equipelideradapelochefe,
enquantoumrivalhaviasido
indicadocomolíderdaoutra
equipe.Ficouóbvioquemera
consideradomaisimportante.
Passadosquasetrêsmeses,
comasmedidasde
confinamentosendo
abrandadaseosescritórios
preparando-separareabrir,
venhomedeparandocom
conversasansiosassobre
quantosdiassedevetrabalhar

emcasaequantosnoescritório.
Muitaspessoascomquem
converseitrabalhampara
empresascomproblemassérios.
Seelasficarememcasa,temem
passardespercebidas.Piorainda,
elastêmmedodequecolegas
ambiciososqueabandonamsuas
roupasdeficaremcasaevoltam
paraoescritóriosetornemum
bandode“leais”queforjemlaços
tãofortesnaadversidadequese
transformemnanovaequipeA.
Asevidênciassugeremqueéisso
quevaiacontecer.
Digoistodepoisdeassistira
umaexcelentepalestraon-line,
deNicholasBloom,professorde
economiadaUniversidadede
Stanford,quepassouanos
estudandoosprósecontrasde
trabalharemcasa.Elefalousobre
algumasdesuaspesquisasmais
conhecidas,quedizemrespeitoa
umagrandeagênciadeviagens
chinesachamadaCtrip.Em2010,
aCtripdecidiudescobriroque
aconteceriasealguns
funcionáriosdacentralde

atendimentodeXangai
trabalhassememcasaquatro
diasemcadacincodiasdurante
novemeses.Osgerentes
esperavamcortaroscustosde
alugueldeescritórioseastaxas
dedesistênciasemcriaruma
hordadepreguiçosos.
Osresultados,segundoBloom,
foram“umaenormesurpresa”.O
desempenhodostrabalhadores
cresceu13%,oquesignificaquea
empresaficoupertodeobter
delesumdiaextraporsemana.
Asfaltaspordoençase
reduziram.Ataxadedesistência
caiupelametade.ACtrip
calculouqueeconomizouquase
US$2.000poranopor
empregadoeosfuncionários
disseramquesesentiammais
felizes.Sóhaviaumproblema.A
taxadepromoçãodaspessoas
quetrabalhavamemcasaeraa
metadedadoscolegasno
escritório.Issoétãoterrível
quantoparece,disseBloom.
Aspessoasquetrabalhavamde
casapodemnãoterdesejado

umapromoçãoporqueisso
significariaretornarao
escritório.Masépossívelqueas
pessoasemcasaestivessemfora
davistaeportantoforade
consideração.Euapostarianisso.
Geografiaédestinoe
raramenteissoseaplicamaisdo
quenoescritório.Umhomem
bem-sucedidoqueeuconheço
veiotrabalharparaumagrande
empresaemLondresquando
tinhavinteepoucosanose
deliberadamenteescolheuuma
mesapertodobanheirodos
homens.Dessamaneirapodia
seguirqualquersuperiordosexo
masculinoparadentrodo
banheiroeláempreender
bate-paposúteis.
Alocalizaçãotambémajudou
acolocarJonFavreaunocaminho
parasetornaroprincipalredator
dediscursosdeBarackObama.
Depoisdafaculdade,eleassumiu
umtrabalhorelativamente
subalternonaequipeda
campanhapresidencialdeJohn
Kerryem2004.Certodia,amesa

àdireitadasuafoiocupadapelo
principalredatordediscursosde
Kerry. Logo,Favreauestava
perguntandoaocolegasepodia
seroseusubstituto.Eleacabou
conseguindoeposteriormente
uniu-seàequipedo(então)
senadorObama.
Então,oqueostrabalhadores
deveriamfazer?Ossortudos
terãoumgestorqueentendeo
poderdaproximidadeese
certificadequeaspessoasem
casanãoserãonegligenciadas.
Issoévitalemqualquer
momento,maisaindaquando
umgrandenúmerode
trabalhadoresnãopodecorrer
oriscodeusarotransporte
públicoporrazõesdesaúdeou
cuidadoscomosfilhos,
enquantooutrospodem.As
pessoasqueestãoemcasa
sempreterãomaisdificuldades
paraimpressionar.Masapenas
gestoresinexpressivosos
confiarãoàequipeB.

PilitaClarké colunistado “FinancialTimes”

RHCompanhiasmonitoramoestadodesaúdedos


funcionáriosparaavoltaaotrabalhopresencial


Apps e testes dizem


quem pode retornar


DIVULGAÇÃO

RégiaBarbosa,daNeoenergia:“Éprecisodeixaro colaboradorseguro”

StelaCampose Barbara Bigarelli
De São Paulo

Enquanto fazem planosde uma
volta gradualaosescritóriose fá-
bricas, empresasinvestem em tes-
tes e aplicativos para checar a saú-
de dos funcionários e assim poder
dizer quemestá aptoa retornar.
Comisso, esperam minimizar os
riscos de contaminação pela covid
19noambientedetrabalho.
ANeoenergia, empresaque per-
tenceaogrupoespanholIberdrola,
por exemplo, já está estruturando
umplanoparaque5mildos12mil
funcionáriosem 18 estados, que
estavamemregimedehomeoffice,
possam voltarao trabalhopresen-
cial. “Estamospensando em uma
volta gradual para deixaro colabo-
rador maisseguro”, explica Régia
Barbosa,superintendentede de-
senvolvimentoorganizacional.A
maior preocupaçãonessavolta,se-
gundo ela,écomoacompanharo
estadodesaúdedosfuncionários.
Para ter acesso a maisinforma-
ções sobreeles, aempresa iniciou
este mês um plano piloto com a
disponibilização de um aplicativo
para800 empregadosda Cosern,
concessionáriade energia do Rio
Grande do Norte. Desenvolvido
pela aceleradora digital Neoris, o
“HealthCheck”, que podeserinsta-
ladono celular ou computador,
faz um check-in semanal sobre a
saúde do trabalhadores. “São cin-
coperguntasmuitosimples, se
pessoa sente os sintomas, se teve
contato com alguémque contraiu
ovírus, comoestá afamília,sejá
fez oteste, comoestá seuisola-
mento”, explica Régia. Eladiz que
essasinformaçõesvão ajudar os
gestores de área a coordenar a vol-
ta ao trabalho presencial. Até o
momento,diz,100%dosfuncioná-
rios do projeto pilotoaderiram ao
app. Ainiciativa, segundo Régia,
foi da subsidiáriabrasileira, por-
queagestãodapandemiaélocal.
Na Baxter, que possui1,2 mil
funcionáriosno Brasil e50 mil no
mundo em 100 países,segueum
plano global, com 40 itens aserem
analisados por cadaoperação an-
tes de retornarao escritório.Envol-
vem desdetreinamento de funcio-
nários,até reorganizaçãodoescri-
tório,desinfecçãoprofunda,plano
para ocupação máximaefluxo de
tráfegoúnico.“Atéagora,sóoescri-
tóriona Chinafoi aprovado para
abrir”, diz Antonio Nasser,presi-
dentedaBaxterBrasil.Osfuncioná-
riosdeláacessamum app antesde
ir e respondema perguntas envol-
vendoseussintomasatuais.Obtêm
entãoumaresposta se podemir

trabalharou se deveriam contatar
asequipesinternasdesaúde.
Esseappjáéusadopelosfuncio-
nários no Brasil —sendoque 300
deles estão remotos. A empresa
tambémcriouafigurado‘flucoor-
dinator’, profissionais que recebe-
rão os funcionários no trabalho
para avaliar sintomas everificar a
temperatura. No Brasil, algunsde-
les já estãotrabalhando na função
quedevesomar20pessoas.
No Sidia Instituto de Ciência e
Tecnologia de Manaus, centro de
pesquisa privado de inovaçãosem
finslucrativos, que reúne 900 pro-
fissionais,odesenvolvimentode
um software paraavaliara saúde
das pessoas na pandemia surgiu
paramonitorar a saúde dos pró-
prios funcionários.Mesmo com
quase100%deles trabalhando em
regimede home office. “A área de
saúdecobrava que os gestores per-
guntassem todos os dias paraas
pessoas comoelas estavam e acha-
mos que isso era entrar muitona
privacidadedeles. Vimos também
a necessidadede ter informações
maisprecisas”, dizPaulo Melo, ge-
rentesêniordenovosnegócios.

Inscriçãona


pesquisapode


serfeita atéo


fim do mês


IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


deriscoeosquejátiveram umhis-
tórico de contaminaçãopor covid-


  1. “Ele podeser vinculadoaos
    programasde gestão de saúdee
    acionado para agendar consultas
    por telemedicina”, explica amédi-
    ca Antonietta Medeiros,diretora
    de gestão de saúde e qualidade de
    vidadaempresa.
    A ideiade lançar o aplicativo
    surgiu apartir de umapesquisa
    com 100 empresas multinacio-
    nais, que empregam1000 funcio-
    nários. O levantamento mostrou
    que 52% dos funcionários deseja-
    vam estar em empresas quedispo-
    nibilizassem aplicativosou plata-
    formas digitaisque os ajudasse a
    encontrarmédicos, agendar con-
    sultasegerenciardadosasaúde.
    Para o advogado trabalhista
    Aloísio Lima,sócio do escritório
    Lefosse Advogados,ousodeapli-
    cativosparamonitorarasaúdedos
    funcionários não fere direitos pre-
    vistosnaConstituiçãoFederal,des-
    de queestes não sofram exposi-
    çõesdesnecessárias.“Numcasoco-
    moodapandemiaondeobem-so-
    cial é importante, os aplicativos
    podemserusadosmassepreserva-
    rem aintimidade da pessoa”, diz. É
    essencial, segundoele,que esteja
    claro para o funcionáriocomo es-
    ses dados vão ser manipulados,
    por quanto tempo, quem terá
    acesso e qual a finalidade. “Cam-
    panhas de comunicação internas
    devemsertransparenteseaade-
    sãoprecisaservoluntária.”
    Paulo Lilla, advogado da área de
    tecnologia, proteção de dados e
    propriedade intelectual do Lefos-
    se, diz que os primeiros aplicativos
    para monitorara saúde dos fun-
    cionários surgiram na Europa, no
    inícioda pandemia.Lá, segundo
    Lilla, já existem protocolos para a
    utilização.Omonitoramentopor
    geolocalizaçãoem tempo real é
    questionado eas melhores práti-
    cas indicam atecnologia Bluetoo-
    th comomenosinvasiva. “Com ela,
    a pessoa baixa oapp eoBluetooth
    só capta o sinal de uma pessoa que
    esteja adois metros de distância e
    que tambémtenha oapp.Quando
    você descobre que tem covid eno-
    tifica oapp, ele notificatodomun-
    docomquemvocêtevecontato.”
    Há também umaleva de compa-
    nhiasque está investindoem testes
    da covid-19paradirecionarquem
    podeou não deve trabalhar presen-
    cialmente.Mesmoquenãodeforma
    imediataoudecurtoprazo.
    Astartup MaxLev, marketplace
    para produtos e serviços de saúde,
    viu um crescimento de 30% na de-
    mandapor testes de covid-19 após
    a reabertura de comérciosem São
    Paulo. “Em média, estamos reali-
    zando 100 testes por dia, emuitas
    empresas nos procuram parates-
    tar um funcionário com sintoma
    ou mesmoo quadro todo”, diz


A comunicaçãodeveser
transparentee a adesão
dofuncionárioprecisaser
voluntária,dizo advogado
AloísioLima,doLefosse

Foi assim que surgiu a ideia do
aplicativo Infosaúde, que indica as
unidades públicas de saúdemais
próximas a partir da geolocaliza-
ção, traz dicas de prevenção, servi-
ços e notificações até um questio-
nário com 13 perguntas, que de-
vem ser respondidas duas vezesao
dia. Nos dois mesesem que os 900
funcionários passaram ausar o
questionário, 94% não apresenta-
ram sintomas, 2,9% tinham algum
sintoma e3,8% responderam mais
“sins” e, por isso, foram contacta-
dospelaáreadesaúde.
Melo diz que há uma preocupa-
ção com a autenticação e cripto-
grafia do usuárionatransmissão
de dadosarmazenados na nuvem,
aos quais apenasaequipe médica
da Sidiatem acesso. Ainspiração
para o aplicativo veio de empresas
clientesdaCoreiado Sul, eanova
ferramenta vai funcionar como
um passaporte de retornoao tra-
balho, ainda sem data para acon-
tecer. “Vai dizer se a pessoatem si-
nal verde,amarelo ou vermelho
paravoltar”,diz.
AMercerMarshBenefícios tam-
bém está lançando um aplicativo,
o MMBem-Estar,cujo objetivo é
acompanhar a saúde dos funcio-
nários em tempo real. O app pode
mapear os profissionais quesejam
ou tenhamfamiliares em grupos

Mulheres naliderança


De São Paulo

As inscriçõesparaaterceira
ediçãoda pesquisa “Mulheres na
Liderança” se encerramna próxi-
ma semana.RealizadaporValor,
“O Globo”, “Marie Claire”e“Épo-
ca Negócios”,em parceriacom a
Women in Leadershipin LatinA-
merica(WILL) e com o apoiome-
todológicodo institutoIpsos, a
pesquisaacompanha a evolução
da liderança femininanas em-
presasnoBrasil.
Para as empresas inscritas, é
umaoportunidadede obter um
autodiagnóstico arespeito das
ações tomadasem prol da igual-
dade de gêneroec ompará-las ao
queomercadoestáfazendo.Tam-
béméumaform a,lembraSilvia
Fazio, presidentedaWILL,deava-
liar se os processos de recruta-
mento,contrataçãoecapacitação
estão auxiliando a promoção de
mulheresnaliderança.
A ediçãode 2019,que pre-
miou165 companhias em 22 ca-
tegorias, indicouque amaioria
das empresas(65%)monitoraa
proporçãoentre homensemu-
lherescontratadose54% afirma-
ram contratar maismulheresdo
que homens para cargos de
maiornívelhierárquico.
Porém,de todasas empresas
analisadas, somente 41% pos-
suemalgumapolítica formalso-
bre equidadedegênero e26%
umaáreadedicadaàequidade,
sem recursospróprios. Maisde
um quintodelasfica aindaatrás:
não possuinemárea,nem orça-
mentoparapolíticadeequidade.
Olhandopara o topodas compa-
nhias,aindaháapenas5%demu-
lheresparticipandodos conse-
lhos de administração.Em nível
de gerência no Brasil,esse núme-
roatingiu39%.
SilviaFazio analisaque parte
dos avançosem equidadede gê-
neroocorrecom maioramplitu-
de nas companhiasmultinacio-
nais, que normalmenteimpor-
tam práticas já consolidadasem
seuspaísesde origem. “As brasi-
leiras estãoavançando, mas ain-
da ficamatrás.Para mediraevo-
lução, criamos nesteano uma ca-
tegoriaespecialparaas organi-
zaçõesfundadasaqui”,diz.
A metodologia também foi
aprimoradanesta novaedição
paraanalisara ascensão e igual-
dadefemininanas organizações
seguindo diferentesmodelosde
hierarquia, níveiseestrutura de
cargos. Todas as empresas,inde-
pendentemente do desempenho
na avaliação, receberãoum rela-
tório das melhorespráticas glo-
bais esetoriaiseconhecerãoos
resultadosnorankinggeral.
A inscriçãoé gratuita e pode
ser feitano site: http://www.la-
tamwill.org/mulheres-na-lide-
ranca.(BB)

MarcosFranco,diretorcomercial.
Entre essas empresas está o gru-
po Esparta, que prestaserviços em
segurança, limpeza e vigilânciae
tem2,2milfuncionários.Todosfo-
ramtestados desde o início da
pandemia, segundo o CEO Arnal-
doVargas.Alémdomonitoramen-
to da saúde, oexecutivo disse que
pesouoladofinanceiroparainves-
tir em testes. “Vimos que investi-
ríamos cerca de R$ 150 mil em tes-
tesversusR$ 380 milqueperdería-
mos com oafastamento de funcio-
nários compossíveis sintomas e
comassubstituiçõestemporárias”,
disse, citandoqueno início da
pandemia esse afastamentoche-
gou a30% do quadro.Com os tes-
tes inicias, foi constatadoque 2%
tinhamcovid-19 e deveriam ser
afastados. Nenhumdos funcioná-
riosarcoucomteste,dizVargas.
A testagem tambéméuma prá-
ticaatualnoBradesco. Mas,segun-
do Glaucimar Peticov, diretora
executiva,arealizaçãonãoveiopa-
ra direcionar um possível retorno
à Cidadede Deus(SP), ondefica a
sede do banco, ou às agências do
país. “Faz partede uma estratégia
que tem olhado paraasa úde física
e mental dos funcionários”, afirma
Glaucimar.Até esse momento,o
Bradesco mantém as agências tra-
balhando com 50% do contingen-
te e6% presencial nos departa-
mentos. Segundo aexecutiva,cer-
ca de 20 mil funcionários já foram
testados desdemaioe58 mil estão
comaagendapré-estabelecidapa-
ra a realização.“Em caso positivo
paracovid-19, nós afastamos
aquele funcionário por 14 dias,
bemcomotodaaequipe etime
que tiveram contato presencial
com ele”, diz Glaucimar,afirman-
doqueesseprotocoloexigeumes-
forçograndederepensaraorgani-
zação e prontidãodas equipes. O
teste não é obrigatório e écustea-
do totalmentepelo Bradescomas,
por enquanto, o funcionário só

poderealizá-loumavez.
O banco, segundo Glaucimar,
previu atestagem de 100% do qua-
dro e, inclusive, para uma segunda
ondadecovid-19. No âmbitoda
gestão, a executiva afirma que essa
estratégia, aliadaa umaplatafor-
ma de bem-estar e saúdemental, à
vacinação contra H1N1eaotrei-
namento da liderançapara comu-
nicar-se bem na crise, visam “tirar
opânico”quemuitosfuncionários
possam estar sentindo na pande-
mia. “Hoje, o grande ponto de in-
cumbência,naquestãodepessoas,
é neutralizar as emoções negati-
vas. Mesmo porque não sabemos
quando ocenário vai melhorar ou
voltaremosaosescritórios”.
Atestagemfoirealizadaempar-
ceria com o Fleuryque criou uma
consultoria na pandemia para au-
xiliar as organizações. Até ocome-
ço da segunda quinzenade junho,
100 empresas procuraram pelo
serviço,33fecharamecercade
mil funcionários estãosob algum
cuidado ou direcionamento do
grupo. “Muitos RHs têm nos pro-
curado para entender quaisproto-
colos são adequados paraavolta
ao escritório ou comopodem usar
os resultadosdos examespara
aplicação de turnos e rodízios”, diz
JeaneTsutsui,diretoraexecutivade
negóciosdogrupoFleury.
Nesse momento de planejar
uma possível retomadaao escritó-
rio ou implementarações em no-
medasegurançadosfuncionários,
a comunicação é o critério-chave,
segundoTatiana Iwai,professora
do Insper. “A liderançaprecisaser
transparentearespeitodoqueestá
fazendoeoqueestábuscandoma-
pearcom testes eapps de saúde.
Além de avisar comovãousar os
dados colhidos”, diz. Aos gestores
diretos, Tatianaavalia que épreci-
so deixar os funcionários àvonta-
de para compartilhar receios e de-
safios pessoais queenvolvemore-
tornoaoescritório.

By_Lu*Ch@Qu£

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