National Geographic - Portugal - Edição 232 (2020-07)

(Antfer) #1

precisaria deles? O seu relógio de pulso parara
entre a uma e as duas horas, mas seriam da ma-
nhã ou da tarde? Mallory dissera que, se chegas-
se ao cume, deixaria a fotografia da sua mulher
lá em cima. Não fora encontrada qualquer foto-
grafia dela no corpo.
Também não havia vestígios da máquina fo-
tográfica, o que levou muitos histo-
riadores do Evereste a concluir que
poderia estar na posse de Irvine.
A hipótese faz sentido, tendo em
conta que ele era melhor fotógrafo
e saberia que o público britânico es-
peraria fotografias do seu Galahad
(a alcunha dada a Mallory pelos
seus admiradores) e não do seu par-
ceiro menos conhecido.


A última pessoa a vê-los foi o seu colega de
equipa Noel Odell, que parou por volta da cota dos
8.000 metros no dia 8 de Junho de 1924, para con-
templar o cume. Às 12h50, as nuvens rodopiantes
levantaram-se momentaneamente, revelando
Mallory e Irvine “a subirem expeditamente” a cer-
ca de 250 metros do cume, relatou Odell.

PROMETERA A MIM PRÓPRIO
NUNCA TRANSPOR O LIMITE
EM QUE O RISCO OBJECTIVO
SE TORNAVA EXCESSIVO.
AGORA, PORÉM, IGNORAVA A
MINHA PRÓPRIA PROMESSA.

O
GRANDE
MISTÉRIO
DO
EVERESTE

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