Adega - Edição 176 (2020-06)

(Antfer) #1

Edição 176 >> ADEGA 71


Dieta rica em flavonoides (que são encontrados no
vinho) pode reduzir o risco de Alzheimer

O grande mal

A


relação entre flavonoides e a redução do
risco de doença de Alzheimer tem sido de-
batida e parece cada vez mais direta. Um
estudo da Universidade Tufts, nos Estados Uni-
dos, sobre envelhecimento descobriu que o maior
consumo de flavonoides (compostos encontrados
em alimentos à base de plantas, incluindo uvas
e vinho) estava associado a um menor risco de
desenvolver a doença de Alzheimer.
A pesquisa, publicada no The American
Journal of Clinical Nutrition, analisou dados do
Framingham Heart Study (FHS), um projeto de
longo prazo em Framingham, Massachusetts. Fo-
ram examinados hábitos alimentares, incluindo a
ingestão de flavonoides, de 2.800 participantes ao
longo de 20 anos.
A análise concentrou-se em seis classes de
flavonoides comumente encontrados nas dietas
ocidentais: antocianina, flavanona, flavan-3-ol,
flavona, flavonol e isoflavona. E criaram-se qua-


tro níveis de ingestão com base nos percentis.
Dos 2.800 participantes, 158 desenvolveram a
doença de Alzheimer.
Os resultados mostraram que a maior inges-
tão a longo prazo de alimentos ricos em flavonoi-
des foi associada a um menor risco de doença de
Alzheimer. Particularmente, aqueles com baixa
ingestão de antocianinas, comumente encon-
trados no vinho tinto, tiveram quatro vezes mais
chances de desenvolver a doença em compara-
ção com aqueles com alta ingestão.
“O vinho tinto contribuiu pouco para todas
as classes de flavonoides, exceto as antocianinas,
onde foi classificado como o quarto principal
contribuinte para a ingestão”, disse Paul Jacques,
diretor do estudo. Mas ele ainda não está con-
vencido de que os flavonoides sejam completa-
mente responsáveis pelo menor risco de doença
de Alzheimer. No entanto, ele acredita que a li-
gação entre Alzheimer e dieta é muito forte.
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