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Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

A burocracia contra-ataca


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Autor: Ronaldo Lemos

Relator descaracteriza MP que atenderia quem
não tem certificado digital

O Brasil tem avançado em transformação digital
no âmbito do governo federal Um esforço
coordenado a partir do Ministério da Economia
permitiu a criação do portal Gov.Br, que já
digitalizou mais de 800 serviços públicos que
antes eram prestados deforma analógica e em
papel O Gov.Br segue a lição dos países mais
avançados em GovTech, que centralizam a
prestação dos serviços públicos digitalmente em

um único lugar, gerando eficiência e reduzindo
burocracia.

Esse esforço tem gerado resultados. A ONU
publicou recentemente um novo ranking de
Governo Eletrônico. No topo, os três países
mais bem posicionados são a Dinamarca, a
Coréia do Sul e a Estônia. O Brasil avançou
posições. Ocupamos agora a 54ª posição, lugar
ainda muito ruim para quem tem a quarta maior
população com acesso à internet do planeta.

Uma peça-chave do plano do governo federal
de digitalizar serviços públicos, no entanto, está
sob ataque. Ou melhor, contra-ataque. Essa
peça é a Medida Provisória 983 que cria um
novo regime para as assinaturas eletrônicas.
Hoje o país todo é refém do vergonhoso
certificado digital Aquele que você precisa pagar
até R$200 por ano para ter um, emitido por
entidades autorizadas. Sem ele, vários serviços
públicos ficam inacessíveis, como o login na
Receita Federal. Apenas 5 milhões de pessoas
têm um certificado digital hoje, menos de 2% da
população.

A Medida Provisória 983 quis fazer política-
pública para atender aos outros 98% que não
possuem um certificado digital e nunca terão por
causa do preço. Criou um regime de assinaturas
digitais em três níveis, seguindo o padrão
adotado na União Européia, permitindo assim
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