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O Estado de S. Paulo/Nacional - Política
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Destaques Jornais Nacionais

Secretário de Doria, Baldy é preso em


operação da PF


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Autor: FAUSTO MACEDO, PAULO ROBERTO
NETTO, PEPITA ORTEGA, RAYSSA MOTTA e
BRUNO RIBEIRO

O secretário estadual dos Transportes
Metropolitanos, Alexandre Baldy, foi preso
ontem de manhã pela Polícia Federal (PF) em
sua casa nos Jardins, zona oeste de São Paulo.
Ele é suspeito de receber ao menos R$ 1,4
milhão de propina entre 2014 e 2019 para
beneficiar empresas da área da Saúde com
contratos públicos, segundo documentos
encaminhados ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª
Vara Federal do Rio, que assina o mandado de
prisão temporária. Os advogados de Baldy
negam as acusações (mais informações nesta

página).

No início da noite, o secretário pediu
afastamento do cargo por 30 dias para se
concentrar "exclusivamente em sua defesa". O
governador João Doria (PSDB) trabalhou
durante o dia para que o afastamento ocorresse
sem precisar demiti-lo (mais informações nesta
página). Baldy foi ministro das Cidades de
Michel Temer (MDB), entre novembro de 2017 e
dezembro de 2018, e deputado federal por
Goiás. Além de ter atuado como articulador de
Temer, ele é considerado próximo ao presidente
da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-
RJ).

A Lava Jato do Rio cita ao menos duas
situações em que Baldy teria recebido propina,
de acordo com depoimento de delatores. Em
2014, ele teria cobrado R$ 500 mil da
organização social Pró-Saúde, que atua como
gestora de serviços hospitalares, para ajudar a
empresa a receber pagamentos atrasados de
um hospital de Goiás. Dois anos depois, ele
teria recebido R$ 900 mil para intermediar um
aditivo em um contrato da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz). Primo de Baldy, Rodrigo Dias é
suspeito de receber R$ 250 mil. Segundo os
colaboradores, o dinheiro foi entregue a ele em
uma charutaria dentro de uma caixa de gravata.

Ex-presidente da Fundação Nacional de Saúde
(Funasa), durante a gestão Temer, Dias presidiu
o Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) entre agosto e dezembro do
ano passado, já durante o governo de Jair
Bolsonaro. O órgão, que hoje é controlado pelo
Centrão, tem orçamento de cerca de R$ 58
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