A Bola - 20200801

08 A BOLA

Sábado

1 de agosto de 2020

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TAÇA DE PORTUGAL jBENFICA-FC PORTO

Futebol

Q

UAIS são as expectativas

para este jogo e como está

o grupo a encarar uma fi-

nal que pode dar um tro-

féu ao Benfica?

— As nossas expectativas são que

esta é [oportunidade de conquistar]

mais uma taça, mais um título, e a

motivação não podia deixar de ser a

maior que possa existir, porque to-

dos queremos muito ganhar e é mais

uma taça para o museu.

— Pizzi e Nélson Veríssimo afir-

maram que este não seria olhado

como o jogo mais importante da

época. Concorda?

— Este é o mais importante por-

que é o próximo e porque tem o peso

extra de ser uma final e envolver uma

taça. É o próximo jogo, uma final, vai

também marcar o final de tempora-

da, é de extrema importância e que-

remos muito ganhá-la.

— Derrota com o FC Porto no

Dragão foi marcada por erros de-

fensivos. Analisaram esses erros para

este jogo?

— Olhámos para esse jogo, como

para todos os outros que disputá-

mos contra eles e contra quem fos-

se, porque nestes jogos tudo se de-

cide ao detalhe e, como é obvio,

fizemos a nossa observação. Mas

preocupamo-nos principalmente

connosco porque nós somos o foco

principal e se nos controlarmos a

nós próprios estamos mais perto de

ganhar.

— A partir dessa observação fica

o desafio: quais os pontos fortes e

fracos do adversário?

— É pergunta relativa, porque ao

fim e ao cabo são equipa muito com-

pleta, tal como nós também somos,

mas gostaria de não entrar em de-

talhes, até porque aí poderá estar al-

gum fator surpresa da nossa parte e

naquilo que foi a nossa observação do

alvo que vamos tentar atacar. Ape-

nas dizer que fizemos aquilo que é o

nosso trabalho e também nos focá-

Liga perdida já é passado. «Vamos jogar a Taça e ver quem ganha...», desafia Rúben Dias

«É final de extrema

importância para nós»

pelo menos tirá-la do negativo?

— Não creio que se deva entrar

por salvar a época. Como é óbvio tí-

nhamos outros objetivos, o campeo-

nato e não só, neste momento a úni-

ca coisa em disputa é esta Taça de

Portugal e é o que nós queremos ga-

nhar. Não se trata de salvar a época

ou não. Entrámos em tudo para ga-

nhar, as coisas correram como cor-

reram, não da melhor maneira, não

como queríamos, mas neste mo-

mento o que há para disputar é uma

taça e queremos ganhar.

— Além da Taça, também não es-

tará em jogo a honra do Benfica nes-

te jogo?

— Isso da honra... Este ano per-

demos duas vezes com eles, o ano

passado também ganhámos duas

vezes, vale o que vale. Cada ano é um

novo ano, cada jogo é um novo jogo,

acho que nunca encaramos um jogo

a pensar no que se passou para trás,

mas sim no que se vai passar para a

frente. E é uma final, é um jogo com-

pletamente fora do contexto daqui-

lo que já ficou para trás, por isso a

nossa cabeça está mais que limpa e

queremos muito ganhá-la.

— Sérgio Conceição disse após

conquista do título que o FC Porto era

a equipa portuguesa mais competi-

tiva. O grupo sentiu essas palavras

e esta final é oportunidade para de-

monstrar o contrário?

— Não vou comentar essas afir-

mações, até porque, sinceramente,

nem tinha tido atenção para me im-

portar com essas observações. O FC

Porto ganhou o campeonato, ponto

final. Vamos jogar a Taça e vamos

ver quem ganha...

É sempre especial jogar

no Jamor, mas neste ano

atípico tudo mudou de figura.

Lá está, mudaram as

circunstâncias, o estádio,

mas não deixa de ser a final

que é e o peso está lá todo

Peso da final

É algo de que nos temos

desligado, apesar de estarmos

a par das notícias. O mister é o

Veríssimo, será assim até final

e não nos passa outra coisa

pela cabeça que não seguir as

ordens, focados no dia a dia

Jesus

Vo cê s [jornalistas] já nos

criticavam quando durante

grande parte do Campeonato

e fomos a melhor defesa. Não é

nesta altura que vamos abanar.

Reerguemo-nos e aqui estamos

firmes novamente

Reerguidos e firmes

Recusa diminuir impor-

tância de final atípica

mas cuja essência não muda:

«Todos queremos muito ganhar!»

Por

PEDRO SOARES

RÚBEN DIAS

SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF

j

mos na nossa missão enquanto equi-

pa de estarmos a funcionar ao má-

ximo nível.

— Sente que de alguma forma

este jogo pode salvar a época ou