A Bola - 20200806

(PepeLegal) #1

24 A BOLA


Quinta-feira
6 de agosto de 2020

Copenhaga — Johnsson; Varela, Nelsson, Bjelland e
Boilesen (Bengtsson, 69); Mudrazija (Stage, 53) e
Zeca; Pep Biel (Oviedo, 84), Wind e Falk (Bartolec, 84);
Kaufmann (Daramy, 53)
Basaksehir — Gunok; Júnior Caiçara, Skrtel, Epure-
anu e Clichy; Kahveci (Ozkan, 71), Topal (Aleksic, 54)
e Tekdemir (Elia, 54); Crivelli (Gulbrandsen, 79), Demba
Ba e Visca

Estádio Parken, em Copenhaga (Dinamarca)
ÁRBITRO Daniele Orsato (Itália)

3


COPENHAGA BASAKSEHIR

0


LIGA EUROPA POITAVOS DE FINAL P2.ª MÃO

STALE SOLBAKKEN OKAN BURUK
GOLOS 1-0, por Wind (4); 2-0, por Wind (53 gp); 3-0, por
Falk (62)
DISCIPLINA Cartão amarelo a Bartolec (87); a Elia
(84)

Inter — Handanovic; Godín, De Vrij e Bastoni; D’Am-
brosio (Biraghi, 84), Barella, Brozovic (Eriksen, 82), Ga-
gliardini e Ashley Young; Lukaku e Lautaro Martínez
(Alexis Sánchez, 70)
Getafe — David Soria; Damián Suárez, Dakonam,
Etxeita e Mathías Oliveira (Portillo, 88); Nyom (Jason,
69), Timor, Arambarri (Hugo Duro, 89) e Cucurella;
Maksimovic (Ángel, 56); Mata (Jorge Molina, 69)

Veltins Arena, em Gelsenkirchen (Alemanha)
ÁRBITRO Anthony Taylor (Inglaterra)

2


INTER GETAFE

0


LIGA EUROPA POITAVOS DE FINAL

ANTONIO CONTE JOSÉ BORDALÁS

GOLOS 1-0, por Lukaku (33); 2-0, por Eriksen (83)
DISCIPLINA Cartão amarelo a Damián Suárez (90)

jItalianos eliminaram o Getafe
em jogo único e esperam agora
Rangers ou Leverkusen


Inter impôs lei do mais forte


Terminou o sonho europeu do
Getafe. Após deixar pelo caminho
o Ajax nos 16 avos de final, o clu-
be espanhol sucumbiu ante o In-
ter, equipa repescada da Cham-
pions, numa eliminatória decidida
em jogo único fruto da pandemia.
Corria o minuto 33’ quando Bas-
toni lançou Lukaku em profundi-
dade e o avançado belga tirou um
defesa do caminho e rematou para
o fundo das redes à guarda de Da-
vid Soria. Estava feito o primeiro
em Gelsenkirchen, um dos palcos
da decisão a oito da Liga Europa.


No segundo tempo, o conjunto
de José Bordalás ainda ganhou al-
guma esperança. Godín derrubou
Ángel Rodríguez na área e foi as-
sinalado castigo máximo (76’). No
entanto, Jaime Mata, chamado à
conversão, não conseguiu acertar
na baliza de Handanovic.
A machadada final surgiu aos
83’, quando Eriksen aproveitou
um mau alívio de Dakonam e se-
lou o triunfo dos nerazzurri.
«Estou contente, porque a equi-
pa mostrou que ainda não tem von-
tade de ir de férias e quer lutar por
um troféu», disse Antonio Conte.
Os italianos aguardam o ven-
cedor do jogo entre Rangers e Le-
verkusen (alemães na frente, 3-1).

Dia histórico


em Copenhaga


Quis o destino (ou melhor, a pandemia de
Covid-19) que um dos dias mais
memoráveis da história do Copenhaga
fosse vivido num Estádio Parken vazio.
Após a derrota (0-1) na Turquia, o
conjunto dinamarquês deu a volta e
apurou-se pela primeira vez para os
quartos de final de uma prova europeia.
Aos 4’, Wind, de cabeça, empatou a
eliminatória e aos 53’ o mesmo jogador
fez, de penálti, o 2-0. Num jogo aberto e
com oportunidades para ambos os lados,
foi o Copenhaga a chegar ao 3-0, remate
de fora da área de Falk. «Só foi pena que

jConjunto dinamarquês deu a vol-
ta à eliminatória e está, pela primei-
ra vez, nos quartos de final

o estádio estivesse vazio. Fizemos uma
exibição espetacular», exultou o mister
dos anfitriões, Stale Solbakken.

Futebol internacional


LIGA EUROPA


Primeiro golo do Shakhtar de Luís Castro foi


aos 89’ dSegue-se Basileia ou E. Frankfurt


Goleada


construída


ao cair do pano


M


ISSÃO CUMPRIDA
com distinção. Luís
Castro conduziu o
Shakhtar aos quartos
de final da Liga Euro-
pa (a última presença nesta fase da
prova data da época 2015/2016), ao
bater o Wolfsburgo por 3-0, no
Estádio Olímpico de Kiev.
Depois de uma vitória por 2-1 na
primeira mão disputada na Ale-
manha há quase cinco meses (12 de


Por
BRUNO HENRIQUES

março), o Shakhtar sabia que era
o Wolfsburgo que tinha que assu-
mir as despesas do jogo. E assim foi.
A equipa de Oliver Glasner en-
trou pressionante nos primeiros
15 minutos, condicionando a saí-
da de jogo dos ucranianos, mas
nunca conseguiu levar perigo efe-
tivo à baliza de Pyatov.
Com o adiantar do relógio, o
Wolfsburgo foi perdendo algum
gás, fruto da falta de ritmo natu-
ral de quem disputou o último
jogo oficial a 27 de junho (ao con-
trário do Shakhtar que realizou

3


SHAKHTAR

LUÍS CASTRO OLIVER GLASNER

WOLFSBURGO

0


LIGA EUROPA POITAVOS DE FINAL P2.ª MÃO
Estádio Olímpico, em Kiev (Ucrânia) ÁRBITRO Ivan Kruzliak (Rússia)

Pyatov c

Dodô KryvtsovKhocholava Matvienko

Marcos Antônio (74) jKovalenko Stepanenko

Marlos (77)
jSolomon

Taison (86)
jKonoplyanka
Júnior Moraes

Alan Patrick

Casteels c

TisserandPongracic BrooksRoussillon (83) jKlaus

VictorJoão Schlager Arnold Brekalo (75) jGuilavogui

Weghorst

Ginczek (62)
jMarmoush

GOLOS 1-0, por Júnior Moraes (89); 2-0, por Solomon (90+1); 3-0, por Júnior Moraes (90+3)
DISCIPLINA Cartão amarelo a Kryvtsov (60); a Brooks (57 e 70), Schlager (71) e Arnold (87). Cartão vermelho, di-
reto, a Khocholava (67); a Brooks, por acumulação (70)


a derradeira ronda do campeona-
to ucraniano a 19 de julho).
O Shakhtar aproveitou e con-
seguiu construir alguns ataques
perigosos, mas acabou por es-
barrar em Casteels, guardião ho-
landês que ia agarrando os ger-
mânicos à eliminatória.
Ainda assim, os forasteiros ti-
veram uma centelha de esperan-
ça aos 67’, quando Ivan Kruzliak
assinalou penálti por falta de Ko-

cholava sobre João Victor na área
ucraniana.
No entanto, o árbitro russo foi
avisado pelo VAR e acabou por
voltar atrás com o castigo má-
ximo, mostrando o vermelho di-
reto a Kocholava. Um golpe no
ânimo do Wolfsburgo, que rece-
beu outro quando Brooks (70’)
viu o segundo amarelo depois de
travar Júnior Moraes em falta.
O balde de água fria chegou

aos 89’: Dodô cruzou da direita
e descobriu Júnior Moraes na área
— e o brasileiro internacional
ucraniano abriu o marcador. E
como um mal nunca vem só, Ko-
noplyanka seguiu embalado até
à área alemã e serviu Solomon
(90+1’), que fez o segundo com
um remate cruzado. Houve ain-
da tempo para Júnior Moraes bi-
sar aos 90+3’ e carimbar o bi-
lhete do Shakhtar para os quartos
de final da Liga Europa.
«Deixo este jogo com uma im-
pressão muito positiva. O Wolfs-
burgo começou muito bem, pres-
sionante, mas nós conseguimos
equilibrar as coisas. A equipa es-
teve muito bem e conseguiu criar
várias oportunidades, conto pelo
menos cinco. Não vínhamos só
para defender e deixar passar o
tempo. Queríamos marcar e fico
feliz por termos acertado na fi-
nalização», assumiu Luís Castro
no final.
O Shakhtar viaja agora para a
Alemanha, para a final a oito da
Liga Europa. A equipa ucraniana
aguarda o vencedor do embate
entre o Basileia e o Eintracht
Frankfurt (3-0 para os helvéticos
na primeira mão) para conhecer
o adversário dos quartos de final,
jogo marcado para terça-feira em
Gelsenkirchen.

A equipa esteve muito


bem e conseguiu criar


várias oportunidades,


conto pelo menos cinco.


Não vínhamos só para


defender
LU ÍS CAST RO
Treinador do Shakhtar

Luís Castro guiou o Shakhtar aos quartos de final da prova pela primeira vez desde 2015/16

SERGEI SUPINSKY/AFP
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