Maria Edith e Flavio Di Giorgi
Amar o mar
Meu nome é Maria
Mas por muito amar
Me chamam de Mara
Me chamam de Amara.
Amar amargo.
Amar o inexistente mar
Além das minhas janelas
Insinuado por duas palmeirinhas
Amar o amargo mar além
E o doce amado aquém destas janelas
Amar o Flávio tão flavo,
Meu favo de mel.
Amar os filhos
Que se foram espraiando
E são agora como o mar distante
Com raras marés aos meus pés...
Amor que se estende
E chega ao infinito
E se perde de vista.
E na concha cóclea ressoa
E me abençoa.