O Jogo - 20200907

(PepeLegal) #1

“Acredito no sucesso do


“Não sou pessoa de pensar em grande,
nem de dizer vou estar no Barcelona.
Sou uma pessoa de pés assentes na
terra, segura, de viver o dia a dia, mas
já passei a ponto de não retorno e é
claramente esta a carreira que quero
seguir e em que decidi investir há
cerca de 13 anos”, disse Rui Silva,
quando questionado sobre as
ambições para o futuro.
“Estou numa equipa de topo e
honestamente gostava de
ficar alguns anos no Spor-
ting, de forma a poder deixar
marca. Não só com títulos,
mas com trabalho, desen-
volvendo a academia, que
gostava de desenvolver,
vendo cada vez mais
atletas do Sporting nas
seleções nacionais jovens,
tendo cada vez mais
talentos descobertos por
nós a terem o mesmo rumo do
Luís Frade”, explicou.

“Sou uma pessoa de pés
assentes na terra, segura”

que fosse tão cedo, mas, nos
últimos anos da minha vida,
tudo se deu muito rápido e es-
tou feliz. Além disso, há aqui
um aspeto muito interessan-
te, que é o facto de, quando
começaram a sair notícias a
dizer que poderia ser eu o trei-
nador do Sporting, um ex-
atleta me mandar uma men-
sagem a dizer: “E tu que que-
rias desistir”...
É verdade que pensou
nisso?
—É, há cerca de três/quatro
anos queria deixar de ser trei-
nador.
Porquê?
—Porque para o ser em Portu-
gal, de forma verdadeiramen-
te profissional, só mesmo nos
três grandes: Sporting, FC Por-
to e Benfica. E é muito difícil
lá chegar, é mesmo muito di-
fícil, ainda que se trabalhe
muitos anos numa PO1 [Cam-
peonato Nacional da I Divi-
são], como eu trabalhei no IS-

MAI. A verdade é que estes
clubes, por mais esforço que se
faça, não conseguem crescer e
é difícil evoluir, e mesmo nós,
treinadores, também pensa-
mos se vale a pena andar sem-
pre a trabalhar num projeto
em que a corda está completa-
mente esticada. Portanto,
pensei abdicar.
Agora está satisfeito por
não o ter feito...
— Ainda bem, sim, e a grande
“culpada” é a minha mulher,
que sempre me empurrou
para o treino. Ela sabia que
era uma coisa que eu gosta-
va de fazer e não me deixou
desistir. Estou-lhe grato.
E ela orgulhosa?...
—Orgulhosa, claro. A ver-
dade é que tenho 37 anos,
trabalho na I Divisão há
seis/sete épocas e já estive
em dois grandes clubes em
Portugal: o FC Porto, como
adjunto, e o Sporting, como
adjunto e agora como princi-

RUI GUIMARÃES
bbb É um portuense de gema,
nascido na maternidade de
Júlio Dinis a 27 de agosto de


  1. Bastante jovem, admite
    que não pensava treinar a
    equipa de andebol de um clu-
    be grande tão cedo.
    Contava tão novo, com 37
    anos, ser treinador de um
    grande clube?
    —Tenho de confessar que não,
    apesar de, quando deixei de
    jogar, aos 23 anos, a minha
    aposta ter sido a de treinar.
    Achava que nunca seria um
    jogador de topo e acreditava
    que poderia chegar ao topo
    como treinador. Nunca pensei


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18


CPN, Sporting de
Espinho, Gondomar
Cultural, Feirense,
Desportivo de Anreade,
FC Porto, ISMAI e
Sporting são os oito
clubes por onde Rui
passou, estando agora a
iniciar a primeira de duas
épocas como técnico
principal dos leões

Rui Silva é treinador
desde os 18 anos, no CPN,
então como adjunto dos
juvenis. Chegou à I
Divisão com o FC Porto,
há seis épocas, como
adjunto de Obradovic.
Assumiu o ISMAI no ano
seguinte e treinou-o
quatro temporadas

ENTREVISTAENTREVISTA


RUI SILRUI SILVVAA


Rui Silva está a cumprir a
segunda época no Spor-
ting, mas agora como
técnico principal do
andebol, depois de ter sido
segundo treinador de Anti.
A sua primeira grande
entrevista foi a O JOGO

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Segunda-feira, 7 setembro 2020
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