O Jogo - 20200909

(PepeLegal) #1

SUÉCIA-PORTUGAL 0-


“Cristiano Ronaldo fez um
grande jogo. Mais um”,
conformou-se, a custo, o
selecionador da Suécia,
perante os cinco golos que o
atacante português já leva no
Friends Arena. Para Janne
Andersson, o livre que
expulsou Svensson foi a
chave da partida: “Com um
jogador a menos e um golo, é
muito difícil. Mantivemos os
dois avançados, mas esse
lance foi determinante.”

LAMENTO ANDERSSON
E O FILME REPETIDO

A partir de 1 de outubro, os
jogos da I Divisão sueca
poderão ter público: 500
adeptos é o número estima-
do, mas os clubes querem
que as entradas sejam
proporcionais à lotação dos
recintos e de acordo com a
evolução da covid-19 no
território. Desde agosto, os
desafios da liga feminina e os
da formação já contam com
um pequeno lote de
espectadores, limitado a 50.

Depois de duas noites em
Estocolmo e uma vez
terminada a partida com a
Suécia, a Seleção Nacional
viajou de regresso a Lisboa.
Terminou assim a primeira
concentração deste ano com
o calendário perturbado pela
covid-19. A despedida
coincidiu com dois aniversá-
rios na comitiva: Bruno
Fernandes fez 26 anos e João
Moutinho chegou aos 34.
Ambos foram titulares.

Logo que viu Bernardo Silva
(na foto) no chão, atingido
por Svensson, o selecionador
nacional mandou chamar
Guedes. Nem houve tempo
para aquecer, foi descer,
trocar de camisola e entrar.
Como os demais suplentes, o
extremo estava na bancada,
como medida de distancia-
mento, e foi para lá que o
atacante do City se mudou, e
lá ficou a fazer gelo na coxa
direita, até ao intervalo.

COVID SUECOS QUASE
A IR AOS ESTÁDIOS

VIAGEM REGRESSO
APÓS O APITO FINAL

LESÃO BERNARDO
TRATADO COM GELO

Bruno Fernandes esteve perto de marcar: foi à barra!

Danilo: “Foi crucial


ficar com a bola”


bbb Danilo considerou que o
segredo da vitória portuguesa
esteve na forma como a equi-
pa foi controlando a posse de
bola. “Já esperávamos um jogo
equilibrado. A Suécia é muito
forte como se viu nos primei-
ros minutos, depois equilibrá-
mos e ficámos mais com a bola.
E isso foi crucial. Consegui-
mos o golo de bola parada e a
expulsão facilitou”, disse, re-
cordando que as duas vitórias
são um impulso importante

para a equipa: “Ganhar este
jogo, um jogo fora, Nunca é
fácil. Estamos bem, em pri-
meiro lugar e isso é o que im-
porta.” Cristiano Ronaldo e o
seu regresso com dois golos
mereceu elogios. “É memorá-
vel, ficámos muito felizes com
o seu regresso e com os golos
ainda mais. Conseguiu ajudar
a equipa e foi muito importan-
te. Agora falta jogar contra a
França que queremos ganhar
também”, disse.

Bruno entende


que faltaram golos


PEDRO MIGUEL AZEVEDO
bbb Bruno Fernandes deixou
Solna satisfeito com os pontos
averbados por Portugal nesta
Liga das Nações, mas também
ficou um sabor a pouco no que
a golos diz respeito. “Sabíamos
que a Suécia era uma equipa
intensa e mudou alguns joga-
dores que vieram com vonta-
de de demonstrar que têm
lugar ali. Mas gerimos bem o
jogo, soubemos aproveitar as
oportunidades e podíamos ter
feito mais golos. Levamos o
que era preciso, os três pon-
tos”, frisou o médio. E acres-
centou: “As contas são o que
queríamos, mais seis pontos
ganhos, está feito. Agora, cada
um volta ao seu clube para dar
o seu melhor e voltar daqui
por um mês para dar mais ale-
grias aos portugueses.”
Bruno Fernandes, que on-
tem fez 26 anos, também elo-

giou a importância de CR7 e
revelou que o golo de livre não
foi novidade para a equipa.
“Qualquer equipa fica mais
forte com Ronaldo e é mais fá-
cil fazer golos. Ele tem faro e é
capaz de resolver o jogo. Foi o
que aconteceu no lance de
bola parada, um livre igual aos
seis ou sete que fez no treino.
Olhamos para ele com a ambi-
ção de aprender com ele, par-
tilhando os momentos e ven-
do as delícias que faz por nós.
Sou grande admirador dele e é
um privilégio ter o melhor do
mundo a representar as nossas
cores”, afirmou o médio.
No jogo com o Sevilha, para
a Champions, Fernandes e
Lindelof pegaram-se ao servi-
ço do Manchester United. O
português entende que isso é
passado. “Foi uma coisa nor-
mal do jogo. Hoje [ontem] no
fim do jogo trocámos camiso-
las e, após o jogo de Sevilha,
falámos tudo o que tínhamos
de falar e estou feliz por ter o
Victor na minha equipa. Jun-
tos vamos conquistar muitas
coisas para o Manchester”,
disse.

O médio revelou que
o livre de CR7 foi
treinado com acerto
no último treino “seis
ou sete vezes”

bbb CRISTINA AGUIAR
Portugal deixa para trás a Sué-
cia com uma vitória selada por
um bis de Cristiano Ronaldo,
um feito que Fernando Santos
conteve-se a exultar: “Dizer
mais o quê de Ronaldo? Não há
mais nada a dizer. Uma equipa
que tem o melhor do mundo
não pode ser melhor sem o me-
lhor do mundo. Não há volta a
dar”, disse.
Cristiano Ronaldo é “um ba-
tedor de recordes”. “Quando
todos acham que ele vai acabar,
ele arranja mais um para bater”,
comentou Fernando Santos,
tentando explicar que é a “mo-
tivação dele”. “Fome? De títu-
los. Vem do ADN dele. Já quan-
do tinha 18 anos era assim e vai
continuar a ser nos próximos
anos. Quer ganhar mais, mais e
mais”. Para o selecionador é
“um prazer” tê-lo na equipa e
recordar que o treinou quando
ele tinha 18 anos, no Sporting.
“Já nessa altura se previa que
seria um fenómeno. É o que ele
é”, acrescentou.
A seleção conquista mais três
pontos na luta renhida pela li-
derança do Grupo 3 da Série A,
no culminar de uma exibição
que para o selecionador nacio-
nal “teve altos e baixos” e esta-
bilizou a partir dos 20 minutos.
Até aí, Fernando Santos viu a

equipa com “muita dificulda-
de”. “Fomos muito lentos na
circulação da bola”, descreveu.
“Depois, Portugal começou a
melhorar, a ter bola e fazer com
que os suecos corressem atrás
dela. O jogo ficou mais fácil,

mais equilibrado e chegámos a
ter algum ascendente”, acen-
tuou.
Ao perder Bernardo Silva,
por lesão, Fernando Santos
percebeu que a equipa “iria ter
alguma dificuldade, porque
iria aparecer algum cansaço”.
A situação melhora pouco an-
tes do intervalo. “A expulsão
foi fundamental neste jogo,
apesar de acreditar que vence-
ríamos na mesma”, destacou
Fernando Santos, que lem-
brou que nessa altura a equipa
“já estava melhor, a criar situa-
ções de golo”. A vitória é “jus-
ta”, porém, o selecionador re-
conhece que “não foi uma
exibição tão conseguida quan-
to isso”, e concretizou: “Fal-
tou-nos alguma imprevisibi-
lidade de movimentação e
imaginação.”

Fernando Santos “É


batedor de recordes”


SATISFAÇÃO Selecionador exultou com o bis de Cristiano
Ronaldo e admite que sem ele não é possível ser melhor

Portugal venceu, depois de
superar as dificuldades nos
primeiros 20 minutos,
numa altura em que
Fernando Santos viu a
equipa ser “muita lenta na
circulação da bola”. A
expulsão veio ajudar

Jogadores portugueses fizeram a festa com o capitão

“Quando todos
acham que ele vai
acabar, ele arranja
mais um para
bater. É a
motivação dele.
Fome? De títulos.
Vem do ADN dele”
Fernando Santos
Selecionador nacional

AFP

LUSA


Moutinho dá valor à expulsão


PEDRO MIGUEL AZEVEDO
bbb João Moutinho, que cele-
brou ontem o 34.º aniversário,
apontou a justiça do triunfo de
Portugal, mas também reco-
nheceu que o vermelho mos-
trado a Svensson foi uma boa
ajuda. “Sabíamos que não ia
ser jogo fácil pois a Suécia tem

uma excelente equipa, ainda
para mais a jogar em casa. A
Suécia entrou bem, a pressio-
nar e não conseguimos impor
o nosso jogo até certa fase,
mas, a partir dos 20 minutos,
pusemos mais a bola no chão
e criámos mais oportunida-
des. A expulsão veio trazer
mais a nossa supremacia, fize-
mos a bola circular para tentar
encontrar espaços e marcá-
mos dois com golos, com gran-
des remates de Cristiano”,
afirmou Moutinho. E acres-
centou: “Com o golo conse-

guimos fazer mais gestão e
procurar o segundo golo, como
aconteceu.
Questionado se nalgum mo-
mento a equipa pensou que
este seria um jogo fácil, João
Moutinho desmentiu. “Não,
nunca, pois cada jogo é um jogo
e não podemos facilitar. Todas
as seleções têm grandes joga-
dores que podem fazer a dife-
rença e quando facilitarmos
podemos ter um dissabor. De-
mos o máximo e saímos daqui
com mais uma vitória”, frisou
o médio do Wolverhampton.

O médio do Wolver-
hampton reconhe-
ceu que Portugal não
se conseguiu impor
nos minutos iniciais

Quarta-feira, 9 setembro 2020
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