Banco Central do Brasil
Correio Braziliense/Nacional - Política
terça-feira, 15 de setembro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes
cinco pessoas na mesma família.
Por enquanto, não há dinheiro para viabilizar o projeto,
que é a menina dos olhos de Bolsonaro para sua
reeleição. Como o governo se recusa a cortar seus
gastos na escala necessária -- a reforma
administrativa proposta pelo ministro da Economia,
Paulo Guedes, tem pouco efeito de curto prazo --, a
equipe econômica recorre a subterfúgios do tipo a volta
da CPMF, o novo imposto sobre operações eletrônicas
proposto por Guedes, ou a recorrente tentativa de
transferir renda dos pobres para os mais pobres ainda,
para usar as palavras de Bolsonaro, como o
congelamento dos aumentos de aposentadoria por dois
anos, intenção anunciada ontem: todos os velhinhos
pagariam a conta da reeleição de Bolsonaro
antecipadamente. A proposta é marota porque permitiria
o aumento em setembro de 2022, ou seja, às vésperas
das eleições.
São duas propostas com difícil passagem pelo
Congresso, quando nada porque o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre, se finge de morto, enquanto o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ), mais
uma vez bate de frente com o ministro Paulo Guedes e
anuncia que não apoia a criação do imposto: "Não dá
para criar novos impostos a cada crise, a gente tem de
olhar e voltar ao que estávamos discutindo", referindo-
se ao equilíbrio fiscal. "Pode ser mais fácil abrir um
espaço fiscal no orçamento para aumentar o
investimento púbico, mas isso é um ciclo vicioso",
completou. Segundo Maia, o país não foi capaz de
resolver os problemas da economia quando criou novos
impostos. Seria melhor debater "as reformas que
melhorem a qualidade do gasto público."
Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
Paulo Guedes, Banco Central - Perfil 2 - Reforma
Administrativa