Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto - Estatística (2002, Editora Blucher) - libgen.lc

(Flamarion) #1

Testesniio-


paramétricos


6.1 Introdução


Vimos no capítulo precedente como se podem testar hipóteses referentes a um parâmetro
populacional ou à comparação entre dois parâmetros. Tais testes são, por essa razão,
paramétricos. Ocupar-nos-emos agora dos testes ditos não-paramétricos, que se referem a
outros aspectos que não os parâmetros em si. Esses testes podem ser úteis em diversos
casos e, às vezes, podem ser usados como alternativa a algum teste paramétrico, conforme
adiante será comentado.


Existe um grande número de testes não-paramétricos, muito utilizados nas ciências
sociais, no campo biológico e em diversas outras aplicações. Uma referência clássica nesse
campo seria a de número 20. Nesta edição, nos cingiremos a apenas duas categorias desses
testes, possívelmente as mais utilizadas na Engenharia e ciências afins.


6.2 Testes de aderência


Uma importante classe de teste não-paramétrico é constituída pelos chamados testes de
aderência, em que a hipótese testada refere-se à forma da distribuição da população. Nesses
testes, admitimos, por hipótese, que a distribuição da variável de interesse na população
seja descrita por determinado modelo de distribuição de probabilidade e testamos esse modelo,
ou seja, verificamos a boa ou má aderência dos dados da amostra ao modelo. Se obtivermos
uma boa aderência e a amostra for razoavelmente grande, poderemos, em princípio, admitir
que o modelo forneça uma boa idealização da distribuição populacional. Inversamente, a
rejeição de H 0 em um dado nível de significância indica que o modelo testado é inadequado
para representar a distribuição da população.PJ


Veremos três maneiras de realizar os testes de aderência: pelo qui-quadrado (.r), pelo
método de Kolmogorov-Smirnov e graficamente.


[! l Os testes de aderência são uma ferramenta certamente útil quando se pensa no problema de especificação,
mencionado em 4. 1.

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