TÉCNICAS DE DESCRIÇÃO GRÁFICA 17
Notemos também que os limites das classes são, muitas vezes, apresentados sob formas
que não correspondem ao significado real dos valores contidos na classe. Dizemos, então,
que temos limites aparentes. Em tais casos, pode ser conveniente a determinação dos limites
reais das classes. Essa questão será ilustrada no exemplo que damos a seguir.
Tomemos como exemplo o conjunto de valores que segue, que suporemos sejam cin-
qüenta determinações do tempo (em segundos) gasto por um funcionário para preencher
um certo tipo de formulário:
61 65 43 53 55 51 58 55 59 56
52 53 62 49 68 51 50 67 62 64
53 56 48 50 61 44 64 53 54 55
48 54 57 41 54 71 57 53 46 48
55 46 57 54 48 63 49 55 52 51
É fácil ver que a distribuição de freqüências diretamente obtida a partir desses dados
seria dada por uma tabela razoavelmente extensa. A representação gráfica dessa distribuição,
apresentada na Fig. 2.1 O, deixa de ser conveniente para esses dados.
Figura 2. 10
;:1~~6:':ã':,i~s f
"agrupados· Jp
classes.
5 -t------------------- -
4 -t----------.----
3 -t--------::-:,-;------,--.,...--
2 -------
Vamos agora adotar um agrupamento com sete classes de amplitude h = 5. Na Tab. 2.6
são dados os limites das classes e as freqüências respectivas.í^4 1 Nessa tabela, apresentamos
os limites das classes dados de três maneiras equivalentes. As duas primeiras são formas
usualmente empregadas e correspondem a limites aparentes. A terceira indica os limites
reais dessas classes. Note-se que não há possibilidade de dúvida quanto a classe à qual
cada elemento pertence.
l^4 l A maneira mais simples de obter as freqüências das classes a partir do conjunto de dados é, a nosso ver,
percorrendo os dados uma única vez e assinalando, para cada classe, os elementos nela contidos.