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O mês de abril começou com o novo coronavírus avançando pelo mundo.
Eram mais de um milhão de infectados no planeta, com os Estados Unidos à
frente nas estatísticas — só em Nova York cerca de 1,5 mil mortes tinham
sido contabilizadas. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)
norte-americano recomendava que não deveria haver relaxamento da
quarentena até os casos começarem a cair. Na Europa, a França ultrapassava
a casa dos 5 mil mortos, enquanto a Itália se aproximava dos 14 mil; os
espanhóis continuavam sob estritas regras de confinamento; em Portugal,
todos os aeroportos para voos comerciais estavam momentaneamente
fechados; no Reino Unido, o secretário de Saúde britânico Matt Hancock, ao
aprovar um corte salarial aos jogadores do Campeonato Inglês (Premier
League), declarou que todos deveriam dar sua cota de sacrifício. O presidente
da Rússia, Vladimir Putin, decretou que os russos não poderiam ir ao trabalho
durante todo o mês de abril. Paquistão e Alemanha anunciaram a
continuidade das medidas de isolamento, e as Forças Armadas alemãs
mobilizaram 15 mil soldados para ajudar as autoridades regionais na
distribuição de equipamentos médicos. Na Arábia Saudita passou a haver
toque de recolher em Meca e Medina para impedir a propagação do vírus. No
Peru, Colômbia e Panamá foram adotados rodízios para diminuir o número
de pessoas nas ruas.