National Geographic - Portugal - Edição 235 (2020-10)

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Os cientistas ainda recorrem a esta técnica para
reconstituir as criaturas fantásticas, imaginando
como preencher as lacunas relativas aos tecidos
moles nos fósseis gastos pelo tempo. Os ossos não
conservam vestígios das bochechas dos rostos
antigos, explica a investigadora, quando fazemos
uma pausa. “Mas nós reconstituímo-las como se
existissem, porque resulta: hoje os animais pos-
suem bochechas.” Os escultores do parque no
século XIX seguiram o mesmo processo. “Foram
perfeitamente razoáveis quando os reconstituí-
ram assim, baseando-se naquilo que conheciam.”
Nos quase dois séculos entretanto decorridos,
os cientistas aprenderam muito mais sobre os


dinossauros do que os construtores do Crystal
Palace Park alguma vez poderiam ter sonhado.
Agora, o nosso conhecimento está a passar por
outra revolução, repensando as versões popu-
larmente divulgadas destes animais antigos.
Durante vários anos, os cientistas revelaram,
em média, 50 novas espécies de dinossauros
por ano, um ritmo inimaginável há algumas
décadas. Esta lista actualizada de animais tan-
to abrange voadores do tamanho de canecas de
cerveja, com asas de morcego, como os herbívo-
ros de pescoço comprido que foram os maiores
animais terrestres alguma vez existentes na Ter-
ra. Dispositivos médicos de imagiologia digital,
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