National Geographic - Portugal - Edição 235 (2020-10)

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Esta criatura, mais comprida do que o Tyranno-
saurus rex, parece ter nadado pelos rios como um
crocodilo. “Chegámos aqui porque um paleontó-
logo de dinossauros contactou outro paleontólo-
go que, por sua vez, contactou um perito em bior-
robótica de peixes”, conta Stephanie.
São estes tipos de experiências laboratoriais
interdisciplinares que actualmente definem a in-
vestigação sobre os dinossauros. Os computado-
res modernos permitem aos cientistas o proces-
samento de enormes conjuntos de dados sobre
características dos esqueletos e a construção de
árvores genealógicas de dinossauros. Os exames
aprofundados de lâminas de osso mais finas do


que folhas de papel revelam, em pormenor, a du-
ração e cronologia dos surtos de crescimento dos
dinossauros. E, recorrendo aos mesmos modelos
utilizados para prever as alterações climáticas, os
paleontólogos conseguem, na prática, projectar
um asteróide contra a Terra, como sucedeu há 66
milhões de anos, para assistirem ao recuo dos ha-
bitats dos dinossauros durante o Inverno apoca-
líptico resultante desse impacte.
Poucas tecnologias alteraram de maneira tão
profunda a visão que hoje temos dos dinossauros
como a TAC, que faz agora parte do pacote de ferra-
mentas comuns dos paleontólogos. “Conseguimos
introduzir todos estes dados sobre ossos extintos
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