Coluna do Broadcast
Banco Central do Brasil
O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas
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Ronald Cezar Coelho vende fatia da Light para Sicupira
O empresário Ronaldo Cezar Coelho, maior sócio
privado da Light, fechou ontem a venda de 5,1% de
suas ações para o investidor Beto Sicupira, um dos
sócios da gestora 3G Capital, dona de empresas como
ABInBev, Burger King e Lojas Americanas. A operação
movimentou R$ 260 milhões. Cezar Coelho tem ao
redor de 22% das ações da Light, enquanto a mineira
Cemig tem 23%. Na operação, o empresário está se
desfazendo de cerca de 15 milhões de ações, reduzindo
sua participação para cerca de 17%. A operação é
privada, ou seja, foi feita fora da Bolsa. No começo do
ano, Cezar Coelho comprou, por meio do fundo
Samambaia, lote grande de papéis da Light do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) e na Bolsa e chegou à participação de 22% do
capital.
» Pode isso, Ronaldo? Cezar Coelho não esconde de
seus interlocutores que seu sonho é ver a Light virar
uma corporação na B3, como são chamadas as
grandes empresas de capital pulverizado.
» Sonho grande. Sicupira tinha 4,9% da empresa de
energia e, com a compra, passa a deter 10%. Tornou-se
assim o terceiro maior acionista privado.
» Meio termo. O Banco ABC Brasil tem apostado em
crédito para médias empresas, depois de uma
experiência que não vingou nesse nicho entre 2008 e
- Uma das alavancas para impulsionar essa
carteira na instituição tem sido o socorro do governo às
empresas durante a pandemia, o Programa
Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC), do BNDES,
com recursos do Fundo Garantidor de Investimentos
(FGI).
» Pulou. A carteira de crédito do ABC para empresas
com receita anual entre R$ 30 milhões e R$ 250
milhões ficou em cerca de R$ 900 milhões no primeiro
semestre, mais de quatro vezes os R$ 200 milhões de
abril de 2019, um mês antes de o banco segmentar as
médias. É uma pequena parcela da carteira de R$ 32
bilhões do ABC, mas a expectativa é que a fatia
continue em alta.
» Daqui pra frente... O banco entende que terá mais
sucesso agora do que entre 2008 e 2013. Segundo
Antonio Sanchez, vice-presidente comercial do ABC
Brasil, a estrutura para atender aos clientes médios era
um apêndice da que trabalhava com os grandes.
» ... tudo vai ser diferente. Hoje, o banco tem equipes
próprias para o segmento em todos os estados do Sul e
Sudeste, além de escritórios regionais no Nordeste
(Recife) e no Centro-Oeste (Goiânia e Cuiabá).
» Vai passar. O ABC, que também freou no início da
pandemia para entender os efeitos da crise, afirma que
já retomou o ritmo de expansão. Apesar de as
empresas terem procurado alternativas de
financiamento, Sanchez diz que não haverá elevação do
nível de risco.
» Papai Noel de regime. O último trimestre, conhecido
tradicionalmente pelo aquecimento do consumo e,