VIAJEMAIS^41O Delirium Cafe, célebre por sua longa lista de cervas belgasmelhado, ou então uma gueuze
(€ 9), feita a partir de misturas
de fermentações novas e velhas?
Na saída, Jeanneke Pis, versão
feminina do Manneken Pis, faz
xixi agachada por trás de uma
grade. A demanda do turismo
cervejeiro é tamanha que o anti-
go prédio da bolsa de valores a
poucos metros da Grand Place,
está sendo transformado no Bel-
gian Beer Palace, museu da cer-
veja, a ser inaugurado em 2018.
Além da evidente descontra-
ção provocada pelas cervejas, o
bom astral dos belgas e sua ca-
pacidade de sorrir também pode
estar ligada à originalidade e ao
espírito lúdico. Boa parte desta
inventividade vem da cultura
das histórias em quadrinho,
ou bandes dessinées, conhecidas
como BDs. Personagens queri-
dos até no Brasil nasceram de
pranchetas belgas, como Tin-
tin e os Smurfs (localmente cha-
mados Schtroumpfs).
No campo das artes, porém,ninguém bate René Magritte
(1898-1967), o grande nome do
surrealismo belga no século 20.
Inaugurado em 2009, o Museu
Magritte (www.musee-magritte-
-museum.be) abriga 200 obras
do artista surrealista e atrai hor-
das de visitantes. Em mais de 2,5
mil metros quadrados do Museu
Real de Belas Artes o maior es-
paço do mundo exclusivamente
dedicado ao artista reúne óleos,
guaches, esculturas e até filmes
dirigidos pelo multiartista.
Para sentir a alma verde e as
florestas e bosques que envol-
vem a capital da Bélgica e fazem
dela uma das mais arborizadas
da Europa, o Parc du Cinquan-
tenaire é boa opção. Próximo ao
centro, lindíssimo passeio num
dia ensolarado ou de outono
enche os olhos e quebra a roti-
na de construções históricas. As
Arcadas do Cinquentenário têm
ares de Portão de Brandembur-
go, em Berlim, mas foi erguido
em 1905 e comemora os cin-
quenta anos da independência
da Bélgica.SHUTTERSTOCKA Galerie de La Reine, o mais
chique corredor de compras de
BruxelasSHUTTERSTOCKSHUTTERSTOCK