DEZEMBRO 2020. EXAME. 35
CONTEÚDO
PATROCINADO
Reza a história que James Martin’s era o whisky
de referência na corte de Eduardo VII, o whisky
eleito de sua majestade, e quem sabe se não terá
sido o próprio rei a pegar-nos o gosto, tal como
emprestou o nome a um famoso parque em Lis-
boa? A verdade é que, com o passar dos anos,
Portugal adotou como seu este famoso blend do
melhor da Escócia, e foi assim que ganhámos,
em exclusivo, o direito de recebermos uma edi-
ção very rare, onde o lote mais novo conta já
com 32 longos anos de maturação. Um
whisky pleno de suavidade e cremo-
sidade, escolhido pelo master blender
da marca.
Este James Martin’s 32 Year Old
Very Rare deixaria o próprio James
“Sparry” Martin orgulhoso – “Spar-
ry” era a sua alcunha dos seus tem-
pos de boxeur. Comerciante de vinhos
e bebidas espirituosas em Edimburgo,
Martin dedicou-se desde muito cedo à
criação de whiskies da mais alta qua-
lidade, insistindo que um bom blend
demora tempo, 10 anos no mínimo. O
seu trabalho, e exigência, foram am-
plamente reconhecidos na altura,
incluindo com os Prémios de Ouro
e Diplomas de Honra em Bruxelas
(1888), Paris (1890) ou Antuérpia,
em 1899. James Martin viria a fale-
cer nesse ano, mas o legado perdurou
nas mãos do sócio e amigo, Edward
MacDonald, que sempre respeitou
a alta qualidade e boa reputação do
nome. Mais tarde, MacDonald tor-
nou-se proprietário da The Glenmo-
rangie Company, a que a marca ain-
da hoje permanece ligada.
Ao longo dos anos a fama de Ja-
mes Martin’s consolidou-se dos dois
lados do Atlântico, e seguia sempre
a bordo do Queen Mary e do Queen
UM REGRESSO EM GRANDE,
MESMO A TEMPO DO NATAL
James Martin’s, o whisky preferido dos portugueses, ganhou uma nova edição,
em exclusivo só para nós. Um whisky com uma bonita idade: 32 anos.
Elizabeth. O “passageiro mais frequente” desses
grandes transatlânticos, onde as elites europeia
e americana cruzavam os oceanos.
Em 1912, a marca foi integrada na Macdo-
nald e Muir, percursora da The Glenmorangie
Company, hoje parte do grupo Louis Vuitton
Möet Hennessy, o maior do mundo no seg-
mento do luxo e onde o rigor e a qualidade são,
também, lendários. Foi, aliás, já sob a liderança
do atual diretor de Distilling, Whisky Creation
& Whisky Stocks, o Dr. Bill Lumsden,
que a James Martin’s voltou a ser ga-
lardoada com mais uma medalha de
ouro no prestigiado International Wine
and Spirits Competition, em 2004, tor-
nando-se oficialmente, no ano seguin-
te, no whisky premium preferido dos
portugueses (e no mais vendido).
Em 2013 a Glenmorangie Com-
pany lançou as últimas garrafas de
James Martin’s, para se concentrar
totalmente nos Single Malt Glen-
morangie e Ardebeg, mas o Dr. Bill
Lumsden manteve e supervisionou
pacientemente alguns cascos precio-
sos, aguardando o momento de ma-
turação perfeita para honrar o nome.
Uma seleção dos melhores whiskies,
sabiamente misturados num com-
plexo balanço de suavidade, genero-
sidade e complexidade. Um néctar
com evidentes notas de caramelo e
açúcar mascavado, ainda que pon-
tuadas por outras mais cítricas de
laranja. Doce e encantador no pa-
ladar, chega-nos numa altura em
que tão necessitados andamos por
pequenos prazeres que nos alegrem
o espírito. Por isso, este Natal, va-
mos brindar com um sonoro Slàinte
Mhath(!) ou “saúde!” em gaélico, e
um James Martin’s no copo.