Adega - Edição 183 (2021-01)

(Antfer) #1

62 |^ Revista ADEGA -^ Ed.183


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FIQUE DE OLHO NA ESSÊNCIA DO PRATO
Há quem possa resumir equivocadamente as
opções em vinhos brancos e espumantes, já que a
base da dieta é vegetariana. No entanto, não é preciso,
e tampouco interessante, simplificar dessa forma. Se
a base da receita são legumes e verduras, sem grandes
intervenções de temperos, obviamente que as melhores
opções serão espumantes e brancos leves, pois assim
não haverá dissonâncias. Contudo, se estiver diante de
pratos fundados em leguminosas mais imponentes,
como feijões, lentilhas, ou ainda legumes como
berinjelas ou quem sabe cogumelos, você obviamente
pode optar por tintos encorpados dependendo da
intensidade dos sabores.

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MODO DE PREPARO
Outro ponto a ser
considerado na
harmonização é o modo de
preparo do prato. Frituras podem
muito bem acompanhar desde
espumantes até tintos leves.
Cremes, purês e ensopados,
por exemplo, conseguem ter a
companhia de tintos encorpados
dependendo da intensidade
de sabores. Alimentos crus
costumam ir melhor com vinhos
de acidez marcante que ajudam
a exaltar a crocância.

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ATENÇÃO AOS CONDIMENTOS
Às vezes, o prato é extremamente leve, com
legumes e verduras cruas, e, por isso, pediria
um vinho bem sutil, um branco sem passagem
por madeira. Outras vezes, o ingrediente principal
nem sempre possui um sabor característico muito
marcante, como o tofu, por exemplo. ssim, o que
vai determinar as sensações serão os condimentos
utilizados no preparo. Se acrescentarmos algumas
especiarias, como um toque de pimenta, podemos
pensar em vinhos com ligeira doçura para criar um
saboroso contraste. Com tons agridoces, por sua vez,
podemos experimentar tanto com espumantes brut
quanto com vinhos de sobremesa. Se você usar ervas
como manjericão, uma ideia de harmonização poderia
ser um Sauvignon Blanc ou um Merlot (se o prato
tiver sustentação para isso). Já o alecrim, por exemplo,
cairia bem com um Riesling ou Chardonnay. Canela?
Experimente um Gewürztraminer.
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