Viaje Mais - Edição 188 (2017-01)

(Antfer) #1

66 VIAJEMAIS


VULCÕES
Com 84 vulcões – 16 deles
ainda ativos - em um território pou-
co maior do que o estado de São
Paulo, o Equador bem que poderia
se chamar de Terra dos Vulcões.
Distribuídos ao longo das cadeias
Ocidental e Oriental da Cordilheira
dos Andes, eles cortam o país de
norte a sul, formando um vale co-
nhecido como Avenida dos Vulcões.
É por esse vale, seguindo uma rota
de 450 km entre Quito, no norte,
e Cuenca, ao sul, que se vai até a
alguns desses gigantes de fogo. O
mais conhecido é o Cotopaxi, a
62 km de Quito, um dos vulcões
mais fotogênicos do mundo, graças
a seu pico nevado e sua forma cô-
nica perfeita. Para visitá-lo, há uma
estrada de terra que chega até a base
da montanha, a 3.750 metros acima
do nível do mar, e também dá acesso
ao Tampoxi, um lodgecom restau-
rante, perfeito para provar a comida
típica equatoriana diante da vista
extraordinária do vulcão.
Outro clássico é o Quilotoa, a
180 km ao sul de Quito, seguindo
pela mítica Ruta Panamericana, a
estrada que atravessa a América do
Sul de norte a sul. Na cratera desse
vulcão há uma laguna de água es-
tupendamente azul, que é, sem dú-
vida, um dos mais belos cenários
dos Andes. A paisagem pode ser
contemplada de um mirante, que
fica pertinho do estacionamento;
em caminhadas no entorno da cra-
tera, de 3 km de diâmetro; e nos
passeios de barco no lago, que tem
até 250 metros de profundidade.

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FOTOS

: SHUTTERSTOCK

FEIRA DE ARTESANATO
DE OTAVALO
Assim como o Peru e demais paí-
ses andinos, o Equador tem um ar-
tesanato riquíssimo, que pode ser
adquirido em feiras ao ar livre es-
palhadas por todo o país. A maior
e mais importante delas é a de Ota-
valo, a 90 km de Quito. Montadas
diariamente na Plaza de los Pon-
chos, as tradicionais barraquinhas
vendem ponchos, gorros e cache-

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cóis feitos com lã de lhama e alpaca;
tapetes coloridos; artigos em ma-
deira e prata; temperos variados;
instrumentos musicais típicos; e
uma infinidade de souvenires. O
passeio até lá é um mergulho na
cultura popular dos andes equato-
rianos. É bom levar dinheiro vivo
(as barracas não aceitam cartão) e
muita disposição para pechinchar,
pois os comerciantes, a maioria in-
dígenas descendentes dos antigos
incas, nunca oferecem os produtos
por seu valor real logo de cara. Com
uma boa lábia, dá para conseguir
descontos que passam dos 50%.
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