Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
potencial solução para esse problema.

A magnitude de efeito e a variabilidade costumam ser estimadas a
partir de dados de estudos anteriores publicados na literatura e de
consultas a especialistas. Eventualmente, um pequeno estudo-piloto
poderá ser necessário para estimar o desvio-padrão da variável (veja
também a seção “Como estimar o tamanho de amostra quando as
informações são insuficientes”, mais adiante, neste capítulo). Quando uma
variável de desfecho for a mudança em uma medida contínua (p. ex.,
mudança de peso durante um estudo), deve-se usar o desvio-padrão da
mudança nessa variável (não o desvio-padrão da própria variável) nas
estimativas de tamanho de amostra. O desvio-padrão da mudança em uma
variável é geralmente menor do que o desvio-padrão da variável; portanto,
o tamanho de amostra será também menor.
Às vezes um investigador não consegue obter informações adequadas
sobre o desvio-padrão de uma variável. Nesse caso, recomenda-se usar a
magnitude padronizada de efeito, que é um valor sem unidade que
permite estimar o tamanho de amostra; também simplifica comparações
entre magnitudes de efeito de variáveis diferentes. A magnitude
padronizada de efeito é simplesmente o quociente entre a magnitude de
efeito e o desvio-padrão da variável. Por exemplo, uma diferença de 10
mg/dL no colesterol sérico, que tem um desvio-padrão na população de
aproximadamente 40 mg/dL, tem uma magnitude padronizada de efeito
de 0,25. Quanto maior a magnitude padronizada de efeito, menor o
tamanho de amostra necessário. As magnitudes padronizadas de efeito
para a maioria dos estudos serão > 0,1; magnitudes menores são difíceis
de detectar (exigem grandes tamanhos de amostra) e em geral não são
clinicamente importantes.
O Apêndice 6A fornece as exigências de tamanho de amostra para
várias combinações de α e β e para várias magnitudes padronizadas de
efeito. Para usar a Tabela 6A, identifique a magnitude padronizada de
efeito na coluna mais à esquerda, movendo-se para a direita até os valores
definidos para α e β, o que leva ao tamanho de amostra exigido por
grupo. (Os números da Tabela 6A pressupõem que os dois grupos que
estão sendo comparados têm o mesmo tamanho; se esse pressuposto não
for verdadeiro, utilize a fórmula abaixo da tabela, um pacote estatístico ou

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