Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
EXEMPLO 6.9 Uso de múltiplos controles por caso em um
estudo de caso-controle
Problema: Um investigador está estudando se a exposição a
inseticidas no ambiente doméstico é fator de risco para anemia
aplástica. O cálculo de tamanho de amostra original indicou que
seriam necessários 25 casos, considerando-se um controle por caso.
Suponha que o investigador tenha acesso a apenas 18 casos. Então,
como deveria proceder?
Solução: O investigador deveria considerar o uso de múltiplos
controles por caso (afinal, ele pode encontrar vários pacientes sem
anemia aplástica). Usando três controles por caso, por exemplo, o
número aproximado de casos necessários é [(3 + 1) ÷ (2 × 3)] × 25 =
17.

Por exemplo, com c = 2 controles por caso, [(2 + 1) ÷ (2 × 2)] × n = 3/4
× n, isso significa que são necessários apenas 75% dos casos. À medida
que c aumenta, n' se aproxima de 50% de n (p. ex., quando c = 10, n' =
11/20 × n).

Usar um desfecho mais comum


Ao planejar um estudo com um desfecho dicotômico, quanto mais
frequente for o desfecho, até uma frequência máxima de
aproximadamente 0,5, maior o poder estatístico. Portanto, mudar a
definição de um desfecho é uma das melhores formas de aumentar o
poder. O poder, na verdade, depende mais do número de sujeitos que
apresentam um determinado desfecho do que do número total de sujeitos
no estudo. Estudos com desfechos raros, como a ocorrência de câncer de
mama em mulheres hígidas, exigem tamanhos de amostra muito grandes
para alcançar poder estatístico adequado.
Uma das melhores formas de tornar um desfecho mais comum é arrolar
sujeitos com um risco maior de desenvolver o desfecho (p. ex., mulheres
com história familiar de câncer de mama). Outras formas são estender o
período de seguimento, permitindo maior acúmulo de desfechos, ou
simplificar a definição do que constitui um desfecho (p. ex., incluir
carcinoma ductal in situ). É importante ressaltar que essas técnicas podem
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