confundimento, não apenas pelas variáveis aferidas, mas também pelas
variáveis não aferidas.
TABELA 9.4 Estratégias de fase de delineamento para lidar com confundidores
ESTRATÉGIA VANTAGENS DESVANTAGENS
Especificação • Fácil compreensão
- Direciona a especificação da amostra de
sujeitos para a questão de pesquisa- Limita a capacidade de generalização e de
obtenção um tamanho de amostra
adequado
Pareamento • Pode eliminar a influência de importantes
confundidores constitucionais, como idade
e sexo
- Limita a capacidade de generalização e de
- Pode eliminar a influência de
confundidores difíceis de serem medidos - Pode aumentar o poder estatístico
balanceando o número de casos e
controles em cada estrato - Pode tornar a amostragem mais
conveniente, facilitando a seleção de
controles em um estudo de caso-controle- Pode demandar mais tempo e recursos
financeiros, além de ser menos eficiente
que aumentar o número de sujeitos (p.
ex., o número de controles por acaso) - A decisão de parear deve ser feita no
início do estudo e pode afetar de forma
irreversível a análise - Requer definição em uma etapa inicial
sobre quais variáveis são preditoras e
quais são confundidoras - Elimina a opção de estudar as variáveis
pareadas como preditores ou como
intermediários na rota causal - Requer uma análise para dados pareados
- Introduz a possibilidade de
hiperpareamento (parear por um fator que
não é confundidor, reduzindo, assim, o
poder estatístico) - É apenas factível para estudos de caso-
controle ou de coortes múltiplas
Delineamentos
“oportunísticos”
- Pode demandar mais tempo e recursos
- Podem aumentar muito a força da
inferência causal - Podem ser uma alternativa de menor
custo e elegante para o ensaio clínico
randomizado - São possíveis apenas em circunstâncias
selecionadas, onde a variável preditora é
alocada de forma aleatória ou
praticamente aleatória, ou quando existe
uma variável instrumental
Especificação
A estratégia mais simples é estabelecer critérios de inclusão que
especifiquem um valor para uma potencial variável confundidora e,
então, excluir todos os indivíduos com valores diferentes. Por exemplo, o
investigador que estuda a relação entre café e infarto pode especificar que
apenas não fumantes serão incluídos no estudo. Dessa forma, se uma
associação for observada entre café e infarto, ela obviamente não se deve
ao fumo.
A especificação é uma estratégia eficaz, porém, assim como nos casos
de restrições no esquema amostral, apresenta também desvantagens. Em
primeiro lugar, mesmo que o café não cause infarto em não fumantes,