Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
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  • Riscos absolutos, riscos relativos, diferenças de riscos e razões de


azares. A análise de estudos sobre testes prognósticos é semelhante
àquela para outros estudos de coorte. Se todos os indivíduos em um
estudo sobre um teste prognóstico forem seguidos por um determinado
período de tempo (p. ex., três anos) com poucas perdas no seguimento,
os resultados poderão ser sumarizados com riscos absolutos, riscos
relativos e diferenças de riscos. Especialmente quando o segu imento é
completo e de curta duração, os resultados de testes prognósticos são às
vezes sumarizados da mesma forma que os testes diagnósticos, usando
sensibilidade, especificidade, valor preditivo, razões de verossimilhança
e curvas ROC. Por outro lado, quando os sujeitos do estudo são
seguidos por períodos variáveis de tempo, é preferível usar uma técnica
de análise de sobrevida que leve em consideração a duração do
seguimento e estime as razões de azares (hazard ratios) (8).


  • Melhora líquida após a reclassificação (net reclassification


improvement). Para testes ou biomarcadores novos que buscam predizer
a ocorrência futura de eventos de doença, é importante quantificar o
quanto os novos testes acrescentam aos modelos de predição existentes.
Uma forma de fazer isso é ver o quanto eles aumentam a área sob a
curva ROC, mas essas mudanças frequentemente são pequenas, mesmo
para preditores bem estabelecidos, sendo difícil inferir a partir desses
achados quais mudanças poderiam ocorrer nas decisões clínicas e nos
desfechos dos pacientes (9, 10). Uma abordagem mais direta, que é
especialmente útil quando os limiares para iniciar tratamento são bem
estabelecidos, é examinar com que frequência um modelo ou regra de
predição clínica que inclui um novo teste altera a classificação dos
pacientes de uma categoria de risco (e decisão terapêutica) para outra,
comparado ao modelo antigo. Se o novo teste melhorar a predição, mais
sujeitos que desenvolvem o desfecho (“casos”) deverão mudar para
cima, para uma categoria de maior risco, do que mudar para baixo, para
uma categoria de menor risco; o oposto deveria ser verdadeiro para
aqueles que não desenvolvem o desfecho (“controles”): o seu risco
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