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(Antfer) #1

ESG - FILANTROPIA CORPORATIVA PARA VALER


Banco Central do Brasil

Revista Época Negócios/Nacional - Artigo
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: RICARDO VOLTOLINI

AO BUSCAR UMA CAUSA PARA SE ENGAJAR, UMA
EMPRESA TEM DE LEVAR EM CONTA VOCAÇÃO,
AFINIDADES E RESULTADO

EM 2020, AS DOAÇÕES de pessoas e empresas
dobraram no auge da pandemia. Segundo a Associação
Brasileira de Captadores de Recursos, o volume de
investimento chegou a R$ 6,5 bilhões, um salto em
relação aos R$ 3,25 bilhões mobilizados em tempos
“normais”, pelas organizações ligadas ao GIFE (Grupo
de Institutos, Fundações e Empresas que se empenham
no investimento social privado). A primeira vista, essas
cifras podem até parecer modestas se comparadas, por
exemplo, com a fortuna doada por filantropos
profissionais como Bill Gates (US$ 35,8 bilhões). Ou
ainda se confrontadas percentualmente com a receita
das empresas brasileiras que praticam filantropia, fonte
de 85% dos recursos. Mas, para efeito de comparação,
representam parcela significativa, 5,1%, do orçamento
federal destinado à saúde em 2019 (R$ 127 bilhões).
Para um país tão desigual quanto o Brasil, marcado por
crises sociais sistêmicas, as doações empresariais
ainda fazem diferença. E muita.

Na opinião dos players do setor, 2020 confirmou o
enorme potencial de investimento social privado no
Brasil. Mesmo em circunstância econômica adversa, o
dinheiro filantrópico apareceu no meio da emergência,
reforçando a tese dos que, como eu, creem que a
mobilização depende da consistência dos estímulos.
Tão comum em momentos de crise, o impulso solidário
é importante e legítimo. Mas, na maioria das vezes, é
pontual — e, portanto, insuficiente. Sua limitação se
encontra no fato de que, superada a situação crítica,
tende a arrefecer.

Organizações como as do GIFE realizam doações não
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