Clipping Banco Central (2021-02-13)

(Antfer) #1

Crimes pela web disparam no DF


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Cidades
sábado, 13 de fevereiro de 2021
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Autor: » DARCIANNE DIOGO


"Inspetores" do novo coronavírus, agendamento da
vacina contra a covid-19 pelo "Ministério Público da
Saúde", pesquisas telefônicas fraudulentas. Essas e
outras estratégias são utilizadas por criminosos que
atuam na internet e usam a pandemia para aplicar
golpes. Os crimes virtuais dispararam, no Distrito
Federal. Em 2020, observou-se alta de 87,1 %, em
comparação a 2019, de delitos praticados pela web,
quando foram registradas 17.843 ocorrências -- sendo
9.529 estelionatos --, segundo dados obtidos pelo
Correio por meio da Polícia Civil (PCDF). No ano
anterior, houve 9.539 registros. No primeiro mês de
2021, 836 crimes foram identificados.


Em 2019, o número de ocorrências de estelionato foi de
4.564, ou seja, houve crescimento de 108% em 12
meses. Em janeiro deste ano, mais 491 registros. O
estudo abrange, ainda, as tentativas de estelionato, que
apresentou aumento de 209%, entre 2019 e 2020 (742
contra 2.294, respectivamente).


Outra pesquisa produzida pela Federação Brasileira


de Bancos (Febraban) registrou aumento de 80% nas
tentativas de phishing (que se inicia por meio de
recebimento de e-mails que carregam vírus ou links e
que direcionam o usuário a sites falsos, que,
normalmente, possuem remetentes desconhecidos) em
meio à crise sanitária.

Na semana passada, o anúncio de agendamento da
vacina contra a covid-19 circulou via WhatsApp e deixou
os brasilienses eufóricos. O remetente era o "Ministério
Público da Saúde",órgão inexistente. A notícia, no
entanto, foi desmentida pelo Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que explicou que
esse tipo de mensagem caracteriza golpe e pediu para
que a população ficasse atenta e só confiasse em ações
devidamente divulgadas nos canais oficiais das
instituições públicas que atuam no enfrentamento à
pandemia.

Em entrevista ao Correio, Rodrigo Fogagnolo, promotor
e coordenador Núcleo Especial de Combate a Crimes
Cibernéticos (Ncyber) do MPDFT, afirma que criminosos
têm criado novas formas de agir durante a pandemia
para atingir mais vítimas. Uma delas é o golpe pelo
WhatsApp. "O criminoso manda mensagem para a
pessoa fornecer o PIN, geralmente por interesse de um
prêmio futuro. Ao enviar, a pessoa tem o aplicativo
clonado, e o estelionatário passa a ter acesso aos
contatos e começa a mandar mensagens, pedindo
dinheiro emprestado, dizendo que está em crise devido
à pandemia", explica.

O promotor destaca que um dos golpes mais
recorrentes continua sendo a clonagem de cartão,
apesar de ser uma estratégia antiga. Nesse caso, a
vítima é atraída por promoções, valores financeiros e
prêmios e, durante a ligação, fornece dados pessoais e
informações do cartão de crédito. Em outubro do ano
passado, a 4ª Delegacia de Polícia (Guará) prendeu um
dos maiores estelionatários do DF. Paulo Alexandre
Amaral Raimundo, 48 anos, se passava por funcionário
de banco para atrair as pessoas e chegava a ir à casa
das vítimas para recolher o cartão de crédito ou de
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