Clipping Banco Central (2021-02-17)

(Antfer) #1

Alexandre Garcia - Democracia é voto


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Política
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
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Autor: Alexandre Garcia


"Os que não têm espírito democrático não aceitam
resultados de votações quando perdem; só aceitam
quando ganham"


No Senado americano, Trump livrou-se do impedimento
porque não foi atingida a maioria legal de 67 votos.
Faltaram 10 votos. Ele não havia sido reeleito
presidente porque lhe faltaram votos. A medida da
democracia são os votos. Lira e Pacheco foram eleitos
na Câmara e no Senado com mais do que o dobro do
concorrente mais próximo. A autonomia do Banco
Central, desejada há 30 anos, foi alcançada por 339
votos contra 114. Ou seja, entre nossos representantes,
quem quer a autonomia é três vezes mais do que quem
não quer. Bolsonaro foi eleito presidente com quase 58
milhões de votos -- 10 milhões, 757 mil votos mais que
seu adversário. Democracia é voto. Cuja soma decide
quem será a maioria que decide. Por isso, o voto é
sagrado. E cada voto singular é sagrado, porque um
voto sempre é o decisivo; os demais são sobra.


Os que não têm espírito democrático não aceitam
resultados de votações quando perdem; só aceitam
quando ganham. Em cabeças totalitárias, o voto só
serve para confirmar sua vontade, exatamente como
funciona em regimes totalitários, em que se usa o voto
para legalizar o que não é legítimo, tal como se lava
dinheiro. Quando não se pode fazer isso, tenta-se
substituir o resultado de eleições por outros meios. Os
sem votos suficientes, sem disposição para conviver em
democracia, não sabem exercer o papel de minoria e
agem para solapar o resultado da vontade da maioria.

Temos visto, aqui, todos os dias, uma microminoria
furiosa, porque o povo ousou eleger outros que não
aqueles que tentaram lhe impor. Deixou de existir a
crítica construtiva, a oposição corretiva, fiscalizadora,
necessária para corrigir rumos do governo preferido
pela maioria. Em lugar disso, usam de todos os meios
para destruir, ainda que atingindo o país. Uma espécie
de vingança contra a maioria, da qual veio o poder.
Diariamente, investe-se em destruição, como agiria um
inimigo externo invadindo o país.

Isso acende um alerta para a próxima eleição. Se
confundem oposição com sabotagem ao tratamento
médico numa pandemia, se pensam que é oposição se
aproveitar de um vírus para enfraquecer a economia e a
renda das pessoas, isso suscita receio sobre o que
poderiam fazer com o voto digitado em urnas
eletrônicas que têm pouca chance de auditoria. A
melhor prevenção é adotar logo o comprovante
impresso, três vezes aprovado em lei no Congresso e
tantas vezes negado pela Suprema Corte. Seria uma
vacina contra fraude.

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