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NA ERA
CARROS E ROBÔS QUE FALAM CONNOSCO
E ANTECIPAM AS NOSSAS NECESSIDADES, ECRÃS
FLEXÍVEIS NOS TELEVISORES E SMARTPHONES E
A NOVA ERA DA INTERNET DAS COISAS
MARCARAM A EDIÇÃO DESTE ANO DA CES
Texto Sérgio Magno Fotos D.R.
DA
INTELIGÊNCIA
A RTIFICIAL
om dia, Utilizador. Recomendo que saia às 8:30 para chegar a tempo da
reunião marcada para as 9:00 com o seu advogado. Já pedi ao carro para
sair da garagem»... Diz o smartphone ou mesmo o radiodespertador.
Dez minutos depois, já dentro do carro: «Olá, Utilizador. Há uma nova
música do seu grupo favorito que vou já pôr a tocar e chamo a atenção
para os saldos da loja X, que fica no nosso caminho, e que tem uma
camisola ao gosto da sua amiga que faz anos depois de amanhã». Desta
vez, a voz foi do sistema de infoentretenimento do carro que, obviamente, está sincronizada
com o assistente digital do smartphone. Apenas alguns exemplos de como boa parte das
marcas, em forte presença na CES, antecipam como vamos interagir com os assistentes
digitais e com os carros autónomos, que deverão começar a chegar ao mercado já na
próxima década. Demonstrações que mudam o foco da reação aos nossos comandos para
a verdadeira Inteligência Artificial (IA), onde os assistentes digitais, acessíveis a partir de
diferentes dispositivos, são capazes de não só responder aos nossos pedidos, o que já fazem
em larga medida, mas também são capazes de antecipar as necessidades dos utilizadores.
AUTÓNOMOS: PRIMEIRO, OS TÁXIS
Para a Bosch, um dos maiores fornecedores de tecnologia para a indústria automóvel, «os
primeiros carros sem condutor vão ser veículos comerciais para serviços de táxi ou de
partilha, já que, pelo menos inicialmente, os custos tecnológicos necessários para per-
mitir a condução autónoma não são compatíveis com carros particulares». Quem o diz é
Michael Fausten, vice-presidente da Bosch para a condução autónoma urbana. E também