Exame Informática (Junho 2020)

(NONE2021) #1
ALTOS
E BAIXOS

EDIÇÃO 300

+

+







nota final

C


94

4
PC (testado),
Xbox One, PS4)

hama-se Snowrunner, mas de runner
tem pouco ou nada. Muito pelo contrá-
rio. Neste jogo é muito mais importante
seguir o caminho certo para evitar que o
carro ou camião fique atolado ou que sofra demasia-
dos danos. Há três regiões para explorar, represen-
tada por mapas gigantes, onde há muitos trabalhos
(missões) para concluir. Tarefas variadas como o
transporte de materiais de construção, o reboque
de veículos atolados ou o salvamento de cientistas
perdidos na neve. Cada trabalho bem conseguido
é mais dinheiro virtual na carteira para se comprar
mais e melhores veículos. E é importante usar boas
máquinas sobretudo no que diz respeito
às capacidades todo-o-terreno, para se
levar a bom termo os trabalhos mais
difíceis e mais lucrativos. Felizmente,
tirando algumas missões iniciais, que
ainda se enquadram na componente
tutorial, podemos executar os traba-
lhos pela ordem que quisermos, o que
permite amealhar algum dinheiro, embora também
signifique muitas horas ao volante de veículos ul-
trapassados que progridem com maior dificuldade.
E tudo acaba por ser se centrar nesta progressão.
Lama, poças de água, pedras soltas, ribeiros, abis-
mos... Os desafios são mesmo muitos e ficar atolado
faz parte (constante) do jogo. E nem sempre há uma
árvore próximo q.b. para fixar o cabo do guincho,
uma grande ajudar para libertar o carro. Esta cons-

tante luta com a lama no início – começámos na
região de Michigan, Estados Unidos – e, depois, com
a neve no Alasca chega a ser frustrante. Confesso
que por mais que uma vez fiquei irritado ao ponto
de sair do jogo. Mas a verdade é que acabei sempre
por voltar. Sabemos que os desafios estimulam e,
por isso mesmo, este jogo é capaz de agarrar-nos,
mesmo quando nos irrita.

ESTRADAS DESERTAS
Os cerca de 11 mapas em três regiões vão nos sendo
desvendados à medida que chegamos a torres de
vigia. A riqueza geográfica é grande o suficiente
para que nunca me sentisse aborre-
cido. Quando se começa a memorizar
o mapa, com os respetivos trilhos e
pontos de interesse, lá aparece ou-
tro mapa ou mesmo outra região. As
paisagens ficam ainda mais apelativas
depois de termos acesso a máquinas
mais próximas de tanques militares do
que de jipes comuns, que nos permitem chegar
ao topo de montes.
A forma como o jogo nos deixa progredir sem
nunca nos deixar à vontade está bem conseguida.
Só não apreciei a ‘desumanidade’. Circulamos por
vilas e pequenas cidades, visitamos empresas para
carregar o camião, vamos à procura de pessoas per-
didas na neve... Mas tudo é deserto. Não há trânsito,
não há pessoas. Demasiado solitário. Sérgio Magno

DEVAGAR SE VAI AO LONGE


Muita lama e neve em paisagens carregadas de pormenores
e trilhos desafiantes. Mas para onde foram as pessoas?

SNOWRUNNER €39,99 (PC)

Cenários cheios
de pormenor
e obstáculos
naturais e criados
por humanos

Bom equilíbrio
entre progressão
e dificuldade

Vários
veículos com
comportamentos
muito distintos

Cenários
despidos
de pessoas
e de trânsito
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