EX AME INFORMÁTICA
MOBI.E, tem vindo a
aumentar de cobertura rapidamente
nos últimos meses. Esta é uma rede
que unifica vários operadores de postos de car-
regamento que estão disponíveis em espaços de
acesso público – há outras de acesso privado,
como os supercarregadores da Tesla.
O QUE É A MOBI.E?__
Muitos acreditam que a MOBI.E é um operador
de carregamento. Mas não é. Atualmente, a
MOBI.E define-se como “uma empresa pública
que assegura a gestão dos fluxos energéticos e
financeiros resultantes das operações da rede de
mobilidade elétrica”. Ou seja, esta é a entidade
responsável pela gestão dos carregadores da rede
com o mesmo nome, o que inclui a componente
de registo e comunicação dos consumos aos
operadores. A confusão é natural porque, nos
primeiros anos desta rede, todos os postos eram
operados pela MOBI.E – consequência de esta
entidade ter sido a responsável pela implemen-
tação da rede piloto. No entanto, os postos já
foram atribuídos, através de concurso público,
a operadores privados.
Uma das características diferenciadoras desta
rede é a universalidade e... a obrigatoriedade.
Segundo a regulamentação atual, todos os postos
OS POSTOS DE CARREGAMENTO RÁPIDO
MOSTRAM DADOS DETALHADOS: ENERGIA
TRANSFERIDA, TEMPO E PERCENTAGEM
de carregamento de veículos elétricos (VE) de
acesso público em Portugal têm de ser geridos
pela MOBI.E. A vantagem é que há garantia de
interoperabilidade. Na prática, isto significa que
todos os cartões usados para autenticar os utili-
zadores nos postos podem ser usados em todos
os postos da rede. Semelhante ao que acontece
no Multibanco, onde todos os cartões dos bancos
pertencentes à rede podem ser usadas em todas
as máquinas MB.
Há três entidades envolvidas na rede MOBI.E:
a própria MOBI.E, que gere as transações/con-
sumos, os Operadores dos Postos de Carrega-
mento (OPC) e os CEME (Comercializadores de
Eletricidade para a Mobilidade Elétrica).
A QUEM PEÇO O CARTÃO?__
São os CEME que emitem os cartões de acesso
e são a estes que faturam os consumos aos uti-
lizadores. Uma das maiores críticas dos utiliza-
dores é a impossibilidade de pagar os consumos
diretamente nos postos, obrigando à utilização
do cartão. De facto, a cobrança é mais parecida
à que estamos habituados em nossas casas em
serviços como eletricidade e água, do que a que
estamos habituados nos postos de combustível
tradicionais.
Sempre que um utilizador usa um cartão para
ativar um carregamento de um veículo elétrico,