BOOT
Há duas edições escrevi nesta coluna:
«Desde que acabou a segunda
temporada de Narcos que nenhuma
série me prende ao pequeno ecrã.
E, então, chega aquela altura em
que os amigos começam a duvidar
da minha sanidade mental». Pois, a
cura chegou e eu quase que nem dava
por ela. Chamou-se Casa de Papel e
ainda está na Netflix. Curiosamente,
nunca tinha notado que podia haver
uma série capaz de provocar tantos
discursos de ódio nas redes sociais:
ou era porque os actores eram fracos,
ou era porque a história não fazia
sentido, ou era porque se falava
espanhol, ou era porque as pessoas
tinham comido feijoada ao almoço
e à noite a série não lhes caía bem.
Comecei a ver La Casa de Papel
a medo. Quando se acaba uma
relação forte, temos de ir com muita
calma para a próxima, para não nos
magoarmos. Nem a nós, nem nós
à outra pessoa. E, acho, neste caso,
ninguém tem queixa um do outro.
Foram umas belas duas semanas,
cheias de amor para dar de ambos
os lados. Na última noite em que
estivemos juntos, foi sofá até às
três da manhã, sempre com grande
intensidade; nem parei a meio para
fumar um cigarro. La Casa de Papel
é o reflexo, no fundo, de tudo aquilo
que gostávamos de ser: inteligentes
e ardilosos como o Professor,
apaixonados e cabeça na lua como
Raquel, impulsivos e irreverentes
como Tóquio, miúdos e sonhadores
como Rio, vilões e educados como
Berlim. Eu tenho uma bela forma de
perceber se uma relação destas é boa
ou não: quando acaba na TV continua
em sonhos. E, caraças, como eu
tenho sonhado com La Casa de Papel.
Fiquei arrepiado da última vez:
fazia parte do grupo de assaltantes e
andava a fugir pelo país, sempre com
a polícia atrás - provavelmente o que
aconteceu com os protagonistas que
se salvaram no fim da série. No dia
seguinte, a primeira notícia que vejo
de manhã no meu feed do Facebook
era a de que a Netflix iria ter uma
terceira temporada, a estrear em
- Então, sorri - por mim e pelos
haters. Mais: fiquei a perceber que
nunca devemos desistir dos nossos
sonhos. Eles, eventualmente, vão
tornar-se realidade.
28 CRIE E PROTEJA PASSWORDS
COM O TRUE KEY
A partir de um único sítio, pode gerir todos
os seus dados de acesso a determinados sites,
apenas com uma password mestra.
A Cátia Rocha ensina a usar o software True Key,
que permite guardar até quinze combinações
de login e senhas, de forma gratuita. Se precisar
de mais, a versão premium custa 19,95 euros por ano.
30 FICHEIROS TRANCADOS A SETE
CHAVES NO WINDOWS
A segurança dos dados é daqueles problemas
que nunca passam de moda. Para que blinde
ficheiros importantes que tenha no seu PC,
este mês o Ricardo Durand diz-lhe como
encriptar a totalidade do disco rígido
com duas opções: BitLocker (um software
do Windows) e VeraCrypt.
38 FAZER OVERCLOCK
A PROCESSADORES INTEL
Embora a Intel tenha limitado a capacidade
de overclock para processadores com
a designação K, o Gustavo Dias mostra-lhe
o que é necessário para permitir que outros
processadores possam ser acelerados, através
do recurso a uma motherboard compatível
com chipset Z170A.
SONHOS DE PAPEL
Certamente já terá lido sofre os diversos
filtros de imagem existentes, não só
durante os nossos testes de produto,
como de videojogos. Mas afinal o que são
e para o que servem?
DESCOMPLICÓMETRO
por Gustavo Dias
Depois de alguns anos a aprimorar (^42)
o macOS, a Apple conseguiu que
o seu Sierra, em muitas áreas
influenciadas pelo iOS, se tornasse
num sistema quase perfeito para
a produtividade. Aqui ficam seis dicas
para melhorar a produtividade no Mac.
MACGUIA
por Ricardo Durand
40
DEFEITOS ESPECIAIS
26 / PCGUIA
Editor
RICARDO DURAND