além da palavra, há a essência do Verbo que a acompanha no
coração do coração de cada um, onde nada precisa ser
filtrado ou mesmo discriminado, porque o Amor nunca
discrimina, porque o Amor nunca classifica, porque o Amor
não precisa de organização, porque o Amor não precisa de
ser dirigido, porque o Amor não precisa de ser enquadrado
nem sequer explicado.
Você precisa explicar a este mundo como se caminha? Não,
você anda. Não há necessidade de compreensão, há
certamente necessidade de aprendizagem, nos momentos
iniciais de sua encarnação. O mesmo vale para o Amor, não
há necessidade de organização, não há necessidade de
discriminação, não há necessidade de medir, porque o Amor
nunca é medido. O Amor não pode ser contado ou mesmo
deduzido, de forma alguma.
Assim é a celebração do Agapè, na ressonância dos corações,
na fuga do tempo e na noção de distância, a Matriz Crística e
o seu Fogo Ígneo consomem de todos os lados, como você
pode observar, que isto acontece e que dá a impressão de
congelar. O Amor nunca pode ser congelado, o Amor nunca
pode ser embrulhado, o Amor não precisa de um cenário,
não precisa de você e nem de mim. E é deste Amor que nasce
a forma, porque é deste Amor espontâneo jorrando para além
da Fonte da criação que se manifestou, como um sonho, para
enriquecer o que já era rico por natureza.
Assim, toda a falsidade é consumida com alegria e júbilo a
partir do momento em que você aceita plenamente,
incondicionalmente e sem restrições.
A suavidade é o bálsamo de toda violência. Esta doçura de
acolhimento, que é a própria essência do sagrado feminino,