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REVISTA DRAGÕES MAIO 2020
TEXTO: SÉRGIO VELHOTEA pandemia só permitiu cinco meses de competição, mas foi
muito especial ver o voleibol vestir de azul e branco mais uma vez.
Praticamente 30 anos depois, a modalidade regressou ao clube
na vertente feminina, numa parceria de sucesso com a Academia
José Moreira (AJM). Dois troféus e o primeiro lugar da fase regular
foi o saldo da época, que fez do FC Porto “um bocadinho maior,
mais alto e mais bonito”, como afirmou Jorge Nuno Pinto da Costa.E
m 1941 nasceu Roberto
Carlos, cantor e
compositor brasileiro,
numa altura em que
se viviam tempos atribulados em
todo o mundo, com a Segunda
Guerra Mundial já em movimento.
Portugal enfrentou um ciclone
nesse ano, conhecido como a
Tempestade de Inverno, que
afetou grande parte do país.
No entanto, esse ano também
ficou marcado pelo nascimento
do voleibol no FC Porto, uma
modalidade muito acarinhada
por todos os adeptos ao longo
de 50 anos. Nove campeonatos
nacionais e seis Taças de Portugal
depois, a secção foi extinta e a
saudade nunca desapareceu.
Por isso, 9 de setembro de 2019
ficou para a história como um dia
muito antecipado por todos os
que vibraram com a modalidade.
José Moreira, um dos principais
responsáveis pelo sucesso do
voleibol no FC Porto, juntou a sua
academia ao clube, na esperança
de que esta parceria trouxesse
muito sucesso e conquistas.
O “Senhor Voleibol”, como é
conhecido, cumpriu o sonho de
ter uma escola ligada ao seu clube
e, com o filho Rui Moreira comotreinador, mantinha a ambição
de ser campeão nacional.
A Academia José Moreira tinha
vencido a Taça de Portugal na
temporada de 2018/19, mas o
desafio para esta época era
bem mais complicado. “Vão
compreender ao longo da
época que vestir a camisola
do FC Porto é uma honra, uma
responsabilidade e a forma de
serem ainda mais reconhecidas
nos vossos êxitos e trabalho”,
vincou Pinto da Costa na
apresentação. Essa pressão,
contudo, não prejudicou a equipa.
Foi, aliás, uma motivação extra.PANDEMIA
SÓ A
AS PODIA
PARAR
VOLEIBOL
REVISTA DRAGÕES ABRIL 2020