Nos tempos atuais, porém, pelo menos à base de certa
lucidez, já se sabe que este existir, acima mencionado,
corresponde ao um velho jeito de viver, embora seja ainda o
padrão da consciência prevalente na sociedade.
Mas, e se perdermos esse velho jeito de viver, que certamente
ocorreria caso acontecesse a perda destas coisas, o que nos
sobraria?
Bem, é imenso o quanto nos resta, quando nos
desvencilhamos de tais velhas coisas, pois mantê-las equivale
a fechar as mãos com muito pouco, determinando toda
"sorte" de limitações. Estas sobras abundantes são a tônica no
dizer de todos seres libertos.
É bem verdade que as perdas daquilo com que tanto nos
identificamos, praticamente nos deixa com um sentimento de
também nos perdermos juntos, e isto é algo aparentemente
muito grave, quase uma morte. Acontece que é somente e
justamente morrendo assim, que não é morte senão das
ilusões do ego, que se constata o milagre do verdadeiro viver.
A ÚNICA ETERNIDADE NESSE MUNDO
Exceto o que diz esse título, nada nesse mundo é eterno.
Nem a saúde nem a doença.
Nem a alegria nem a tristeza.
Nem a noite nem o dia.
Nem a chuva nem a seca.