Quando as palavras nos surgem do nada, elas são apenas
ouvidas, como um som, mas sem qualquer identificação.
Aqui, contrariamente às palavras que emitimos, elas só nos
atravessam, sem que haja diferença de A a Z, tornando-se
apenas fluidez.
Assim, quando apenas ouvimos os sons das palavras (sem
identificação), que elas tenham surgido de fora ou de dentro
de nós, podemos dizer que isso pode ser considerado, de fato,
algo além das palavras, embora sendo elas mesmas, mas em
toda pureza.
NOSSOS DOIS "EUS"
Existe o "eu" da matriz falsificada, cuja fonte é o corpo
causal/mental/psíquico. Este "eu", domina, ou é dominado,
sobretudo, no que tange às questões conceituais, tecnológicas
e a busca do ter. Este "eu" se relaciona basicamente pelas
aparências e convenções de valores, sobremodo, no que
concerne aos ditos padrões de moralidade, posse e beleza
exterior. Este “eu" é o depositário de todas as crenças,
tornando-o a maior crença que já existiu, aquela que parece a
mais palpável e real, mas que é o próprio cerne da ilusão.
Este "eu", é aquilo através do qual as pessoas se colocam no
palco da vida deste mundo. No seio do real Despertar, é este
o "eu" que primeiro é visto (quando menos se espera e nada
tendo a ver com qualquer ponto de vista).
Existe o "Eu Eterno", que é detectado juntamente com a
primeira visão que se tem do "eu pessoal". Contudo,
enquanto o "pseudo eu" é visto na sua inteireza fictícia, o