SISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSO
ESCLEROSE MÚLTIPLA
A esclerose múltipla é uma doença que ataca o Sistema Nervoso Central, por meio do sistema imunológi-
co, que agride a bainha de mielina – um isolante dos filamentos das células – atrapalhando a comunicação
entre os neurônios. Com o progresso da doença, a bainha de mielina é destruída, e o Sistema Nervoso
Central fica acometido, ou seja, a comunicação não funciona. “Por exemplo, um neurônio do córtex pre-
cisa mandar informação para o neurônio da medula espinhal que regula a contração da perna. Se nesse
trajeto a bainha de mielina tiver sido agredida, a ordem não passará e a função não se realiza. A pessoa
pensa em mexer a perna, mas, como a “fiação” está com problemas, o comando não chega lá”, explica o
neurologista. De forma simples, comparando ao cabo telefônico, é como se uma pessoa precisasse de 500
fios para essa comunicação e perdeu 50, isto é, a função ficará parcialmente comprometida.
Em entrevista ao site do Dr. Dráuzio Varella, o Dr. Dagoberto Callegaro, médico, coordenador do Ambu-
latório de esclerose múltipla do Hospital das Clínicas e professor de Neurologia da Universidade de São
Paulo, lembra que, se as lesões na bainha forem intensas, a função pode ser perdida definitivamente. A
esclerose é uma doença séria e que não tem cura, porém é possível espaçar os episódios de recorrência
ou reduzir a intensidade dos surtos para que o paciente tenha uma vida melhor. O importante, segundo o
especialista, é que se faça um diagnóstico diferencial, com base clínica e laboratorial, como a ressonância
magnética, exames hematológicos e do líquido cefalorraquidiano que envolve todo o cérebro. O tratamen-
to é diferente para cada caso, podendo ser por meio de remédios e terapias, com exames sendo repetidos
a cada três ou seis meses, segundo o médico. “Como se trata de uma doença com manifestação remiten-
te-recorrente, o objetivo do tratamento é reduzir a possibilidade de um novo surto, de uma nova exacer-
bação da doença. Isso significa tentar aumentar o intervalo entre um sintoma e outro”, explica Callegaro.
Lembre-se!
Para que não haja interferência na comuni-
cação entre os neurônios, eles são isolados
um por um, como se fossem um fio telefôni-
co, pela bainha de mielina.
Cuide-se!
A esclerose múltipla é uma doença que faz com que o sis-
tema imunológico (de defesa) comece a agredir a bainha
de mielina, atrapalhando o canal de comunicação e, assim,
acomete o Sistema Nervoso Central.
NERVO SAUDÁVEL NERVO AFETADO
Nódulo de Ranvier
Mielina
danificada
Fibra
Células de exposta
Schwann
Fibra nervosa
Grupo Unico PDF Passe@diante