Clipping Banco Central (2021-03-12)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Economia
sexta-feira, 12 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

não vejo risco de estagflação neste ano. A vacinação e
a liberação das restrições devem permitir uma volta
cíclica, e a Selic ainda está baixa, então subi-la de 2%
para 5% ao ano não teria impacto muito restritivo para a
atividade. Mas olhando para a frente, dependerá
também de o governo sinalizar comprometimento com a
pauta de reformas.


Daniel Silva, economista da Novus Capital, espera alta
de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros na
próxima semana. A expectativa está ancorada na
avaliação de que uma postura "mais dura" do Banco
Central poderia representar um aceno positivo ao
mercado, com a possibilidade de redução das taxas
com prazos mais longos, e criar as condições para o
crescimento da economia a partir do segundo semestre.
Nos cálculos de Silva, a Selic encerraria 2021 a 6% ao
ano: - A economia vai sofrer, isso é inevitável, nos dois
primeiros trimestres. Mas no segundo semestre, o
nosso cenário é que a atividade econômica volte à
normalidade mediante a melhora do ritmo de
imunização apartir dos próximos meses, com uma maior
oferta de vacinas.


CHOQUE ADICIONAL DO DÃ"LAR


Mesmo diante da perspectiva de uma recuperação no
segundo semestre, o cenário que os analistas delineiam
inclui mais aumento da inflação até a metade do ano.
Segundo Júlia Passabom, economista do Itaú Unibanco,
o IPCA deve ter um pico em junho : - Não tem refresco.
A defasagem da gasolina indica necessidade de alta, e
a Petrobras tem reajustado os preços, então é esperada
uma aceleração da inflação, com IPCA chegando a
0,94% em março e a um pico em junho, quando a taxa
acumulada em 12 meses atingiria algo entre 7,5% e 8%,
bem acima do teto da inflação para 2021.


Em 2021, a meta que deve ser perseguida pelo Banco
Central para a inflação é de 3,75% ao ano, mas há uma
margem de tolerância para cima ou para baixo de 1,5
ponto percentual. O último Boletim Focus mostra que a
média do mercado espera que a inflação oficial encerre
o ano acima do centro da meta, com taxa de 3,98%.


Mas há quem espere uma pressão maior dos preços.
Relatório da XP divulgado na quarta-feira informa que a
corretora aumentou sua previsão de 3,9% para 4,9%. "A
nova trajetória do câmbio é um choque adicional para a
inflação deste ano. Essa que já estava pressionada pela
contínua alta de alguns alimentos e combustíveis e pelo
desequilíbrio entre oferta e demanda doméstica no setor
de bens duráveis, que não vem se ajustando no ritmo
esperado", diz o texto.

"A situação mudou muito desde o último Copom. Não
dá para ter um aumento menor do que 0,5 ponto
percentual"

Anna Reis, sócia e economista da Gap Asset

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