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ECONOMIA - Mercado quer juro maior


Banco Central do Brasil

Revista Isto É Dinheiro/Nacional - Economia
sexta-feira, 12 de março de 2021
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Autor: Cláudio Gradilone

Aceleração da inflação faz disparar as taxas no
mercado futuro e indica que o Banco Central deverá
começar a elevar a Selic.

Dois números contam bem a mudança das expectativas
do mercado financeiro entre dezembro e meados de
março. A última edição de 2020 do relatório Focus,
levantamento realizado pelo Banco Central (BC),
mostrava que os prognósticos para a inflação neste ano
eram de 3,32% e previam uma taxa referencial Selic
encerrando 2021 a 3%. Na edição publicada na
segunda-feira (8), essa projeção havia subido para
3,98% e a estimativa da Selic avançara para 4% ao
ano. Em termos absolutos, esses percentuais não
parecem ser assim tão diferentes. Na prática, porém,
eles indicam uma deterioração das expectativas. Na
quinta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) divulgou uma alta inesperada de
0,86% no IPCA de fevereiro. Agora, o índice que serve
como parâmetro para as metas fixadas pelo BC
acumula uma alta de 5,20% em 12 meses. Nos 12
meses até janeiro, a variação acumulada dos preços era
de 4,56%.

Essa aceleração inesperada provocou uma forte alta
nos juros no mercado futuro. Na manhã da quinta-feira,
os contratos com vencimento em janeiro de 2022, que
indicam a projeção para os juros no fim deste ano, eram
negociados com uma taxa de 4,09%. Ou seja, mais do
que o dobro da Selic corrente. Para prazos mais longos,
a diferença é ainda maior. Os contratos com vencimento
em janeiro de 2023, que indicam os juros previstos para
o fim de 2022, são cotados a 5,91%, quase o triplo da
Selic.

Os profissionais do mercado dão como inescapável uma
elevação dos juros para conter a inflação, apesar de a
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