REVISTA DRAGÕES dezembro 2016
BASQUETEBOL
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Truques na manga
Pedro Oliveira está longe de ser um dos nomes mais mediáticos do plantel
principal de basquetebol do FC Porto, mas aos poucos vai conquistando o seu
espaço entre as opções de Moncho López. Com apenas 19 anos, o base já veste
de azul e branco há uma década, sendo que nunca envergou outra camisola
que não a do clube do coração. Algures no início desta aventura, Pedro Oliveira
começou a dar nas vistas pela capacidade técnica, exibindo um virtuosismo
que lhe valeu uma alcunha que não mais perdeu. Chamam-lhe Truques.
TEXTO: BRUNO LEITE
FOTO: ADOPTARFAMA
Em conversa com a DRAGÕES, Pedro Oliveira falou da origem
do epíteto, recordou o percurso dos Minis aos seniores e reco-
nheceu que o grau de exigência cresce vertiginosamente com
o tempo. Tem cara de menino, mas joga como gente grande.
“M” DE MINIS E DE MONCHO
Foi com nove anos que Pedro Oliveira entrou
para o MiniBasket do FC Porto, iniciando em
2006 uma relação que perdura até hoje.
“No meio de tantos atletas,
não é fácil conseguir fazer
um trajeto dos Minis aos
seniores num clube como o
FC Porto. Tenho um grande
orgulho nisso. Poder passar
por todos os escalões no
clube do meu coração é algo
que me enche de felicidade,
mas ao mesmo tempo é
uma responsabilidade
muito grande”.
Foi Moncho López quem
lhe deu a mão para chegar
ao patamar mais elevado
e Pedro Oliveira não
escondeu a importância do técnico espanhol
na sua ascensão e evolução. “Trabalhar com
o Moncho López tem sido muito importante
para mim. Costumo dizer que ele é um animal
do basquetebol. Sabe muito, muito. Nunca tive
um treinador assim e só tenho de aproveitar
e desfrutar desta experiência. Ele transmite
muita confiança aos
jogadores e dá-nos muitas
ferramentas técnicas e
táticas. Ele trata-me como
trata todos os outros e tira-
me qualquer tipo de pressão.
Isso também é importante
para eu fazer bem as
coisas dentro do campo”,
explicou o número seis
dos campeões nacionais,
reconhecendo que a
experiência acumulada na
Proliga foi essencial para
a adaptação à realidade
da Liga Portuguesa de
Basquetebol.
“À medida que se vai subindo de escalão, a
competitividade e o grau de exigência são
muito maiores. Torna-se cada vez mais difícil
jogar porque os desafios são diferentes e o
“Costumo dizer
que ele [Moncho
López] é um animal
do basquetebol.
Sabe muito, muito.
Nunca tive um
treinador assim e só
tenho de aproveitar
e desfrutar desta
experiência.”